Desporto
Ex-futebolista da Académica elogia luta contra a corrupção e nepotismo em Angola
O ex-internacional angolano de futebol Fabrice Alcibíades Maieco “Akwá” aplaudiu as ações de combate à corrupção, nepotismo e impunidade em curso em Angola, apelando à “paciência” dos angolanos, porque os “resultados e a mudança não serão repentinos”.
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Segundo o antigo capitão dos “Palancas Negras”, era sabido que seria difícil e está a ser difícil, porque o povo quer uma mudança repentina, quer resultados imediatos, e infelizmente essa mudança repentina não vai acontecer tão cedo”.
Em entrevista à Lusa, em Luanda, o também ex-deputado do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) partido no poder desde 1975, e antigo goleador da seleção angolana com 40 golos rubricados na equipa A, referiu que a luta contra a corrupção “é grande e vai levar o seu tempo”.
“Uma luta muito grande, porque durante esses anos todos habituámo-nos a uma outra realidade e, diante dessa realidade, é claro que há um lado que governou com base no nepotismo, na corrupção e esta luta é uma luta contínua”, afirmou.
“Porque do outro lado está o povo que precisa de melhores escolas, melhor saúde, luz, água e tudo aquilo que é o básico para população e tudo que é para melhorar temos que aplaudir”, sublinhou o antigo jogador do Sport Lisboa e Benfica, Alverca e Académica agora com 42 anos.
Fabrice Alcibíades Maieco, conhecido como “akwa”, disse acreditar que João Lourenço, Presidente angolano desde setembro de 2017, tenha sido a escolha certa para dirigir os destinos do país, destacando que o seu trabalho “merece vários elogios a nível do país e internacionais”.
“E vamos apoiar aquelas que são as lutas do executivo e torcer para que o melhoramento das necessidades do povo não seja muito longo, porque já viemos de trás com muito sofrimento e espero que dentro de algum tempo as coisas mudem para o bem do povo angolano”, concluiu.
O ex-capitão dos “Palancas Negras” foi deputado do MPLA na legislatura de 2008-2012, mas disse na entrevista à Lusa que que, em 2007, recusou um convite para ser deputado da UNITA.
“Eu sou do MPLA, e muito antes de eu ser chamado para deputado do MPLA recebi uma carta do presidente da União Nacional para Independência Total de Angola (UNITA), maior partido na oposição, a convidar-me para também ser deputado na altura, e com todo respeito, agradeci o convite, mas disse que era do MPLA e que não podia aceitar o convite”, disse.
O jogador recusou ainda que a sua passagem pelo parlamento tenha sido um reconhecimento pela carreira de futebolista.
“As pessoas dizem, mas o “Akwa” foi deputado, o reconhecimento foi aí, quando ele esteve como deputado, não, as pessoas estão a fazer confusão, eu sou do partido MPLA”, afirmou, recordando que foi condecorado em novembro de 2018 pelo Presidente, João Lourenço, com uma Medalha de Bravura e do Mérito Cívico e Social.
“Se há um reconhecimento ao mais alto nível é sinal de que fiz alguma coisa”, considerou, referindo que não foi para o cargo de deputado para resolver problemas pessoais.
Além do Sport Lisboa e Benfica, Fabrice Alcibíades Maieco “Akwá” também jogou na década de 1990 pelo Alverca e Académica, e fora de Europa competiu no Qatar e Arábia Saudita tendo terminado a carreira em 2008 pelo Petro de Luanda.
“Akwá”, natural da província angolana de Benguela onde começou no futebol, estreou-se pela seleção angolana de futebol em 1995 com 17 anos, lançado na ocasião pelo treinador Carlos Alinho, após jogar já na seleção sub-16 orientada por Oliveira Gonçalves.
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