Coimbra
Helena Freitas afirma que sociedade mais sustentável exige novas políticas públicas
A professora da Universidade de Coimbra Helena Freitas, que foi selecionada para o comité europeu de especialistas para as alterações climáticas, afirmou hoje que são necessárias novas políticas públicas para que a sociedade seja mais sustentável.
As alterações climáticas são determinantes, elas “condicionam as migrações, os incêndios, a falta de água”, são “absolutamente centrais” e impõem-se “novas políticas públicas”, com “valores societais”, para que a sociedade seja capaz de responder aos problemas que se lhe colocam, defendeu hoje, em declarações à agência Lusa, Helena Freitas.
A bióloga e catedrática do Departamento de Ciências da Vida da Faculdade de Ciências e Tecnologia Universidade de Coimbra, ex-deputada e coordenadora da Unidade de Missão para a Valorização do Interior entre março de 2016 e junho de 2017, é uma das personalidades escolhida para integrar o comité de missão para as ‘adaptações às alterações climáticas, incluindo as transformações societais’, no âmbito do programa Horizon Europe, anunciou, na terça-feira, o comissário europeu para a Investigação, Ciência e Inovação, Carlos Moedas.
A comissão, integrada por 15 especialistas, não exclusivamente académicos, é um dos cinco conselhos para trabalhar em cinco grandes missões europeias de pesquisa e inovação, no âmbito do próximo programa Horizonte da União Europeia (2021-2027).
Estes comités “identificarão as primeiras missões específicas possíveis sobre câncer, mudanças climáticas, oceanos saudáveis, cidades neutras em relação ao clima e solo saudável e alimentos”.
O conhecimento, a ciência é determinante para responder a esses desafios, sustenta a ex-presidente da Sociedade Portuguesa de Ecologia e antiga vice-presidente da Federação Europeia de Ecologia, considerando que “a Europa pode dar o exemplo” e que, com a criação destes comités de missão, está a dar um importante sinal de que quer empunhar “a bandeira da sustentabilidade”.
São necessárias “soluções de mitigação para combater a ameaça, de enormes dimensões, das alterações climáticas, com efeitos societais”, que é urgente combater, salienta.
A Europa está a mudar a “interpretação das [suas] politicas, no sentido de inspirar um modelo novo, porque estes tempos exigem soluções novas”, acredita Helena Freitas, que recebeu a notícia da constituição daquelas comissões com “grande satisfação”, pois trata-se de “um momento de viragem, de interpretar a ciência e a tecnologia”.
“É vital colocar a Europa na linha da frente” para responder aos novos desafios, colocados, designadamente, pelas alterações climáticas, e a ciência pode ajudar à mudança necessária”, concluiu.
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