Os presidentes das Câmaras da Lousã e de Miranda do Corvo, Luís Antunes e Miguel Baptista, apoiaram hoje uma eventual fusão dos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC) com a Metro Mondego (MM).
Em declarações à agência Lusa, o socialista Miguel Baptista defendeu que a medida “vem dar mais força” ao projeto do metro ligeiro, previsto há 20 anos para o seu concelho, Miranda do Corvo, e para os municípios vizinhos da Lousã e de Coimbra.
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Por sua vez, o autarca da Lousã, Luís Antunes, também do PS, afirmou que a proposta “é muito importante para posicionar o projeto” na perspetiva de uma candidatura aos fundos comunitários.
A integração dos SMTUC na MM foi defendida pelo presidente da Câmara de Coimbra, Manuel Machado, também socialista, na última reunião da Assembleia Municipal, na quinta-feira, e reiterada hoje à Lusa.
“A posição assumida por Coimbra vem dar mais força ao projeto e contribuir para a sua sustentabilidade financeira”, disse o presidente da autarquia de Miranda.
Congratulando-se com uma eventual integração dos SMTUC na sociedade Metro Mondego, Miguel Baptista disse ainda que essa medida “vem reforçar a posição dos três municípios na luta” pela instalação do metro na região e pela conclusão das obras no Ramal da Lousã.
“Se dúvidas houvesse sobre a união dos três municípios em torno do projeto, penso que elas se dissiparam completamente. Estamos unidos com força e espero que o Governo honre o compromisso com as populações e que, de uma vez por todas, avance com o projeto no âmbito do novo Quadro Comunitário de Apoio” (2014-2020), acrescentou.
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A proposta de Manuel Machado “tem uma importância acrescida no atual contexto”, sublinhou Luís Antunes, recordando que “a intermodalidade é um dos pontos críticos” do projeto para poder “usufruir dos fundos comunitários”.
O autarca da Lousã salientou ainda a importância de uma possível fusão entre os SMTUC e a MM “para a sustentabilidade futura do sistema de transportes” em Coimbra e no distrito.
Também Jaime Ramos, porta-voz do Movimento Cívico de Lousã e Miranda do Corvo, com sede neste concelho, apoiou hoje a proposta de Manuel Machado de integrar os Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra na MM.
Instado pela Lusa, o presidente desta empresa, João Rebelo, preferiu não se pronunciar, por enquanto, sobre esta possibilidade.
A Metro Mondego, criada em 1996, é uma sociedade de capitais exclusivamente públicos, que tem o Estado como acionista maioritário, enquanto os municípios de Coimbra, Miranda do Corvo e Lousã integram também a empresa com posições minoritárias.
A Lusa contactou o Ministério da Economia, que remeteu para mais tarde eventuais comentários ao assunto.
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