Coimbra
Jaime Ramos avança contra Pedro Passos Coelho
O Movimento Cívico de Coimbra, Lousã, Miranda do Corvo e Góis anunciou hoje que no dia 11 de janeiro vai promover uma ação de protesto junto à residência oficial do primeiro-ministro por causa do projeto Metro Mondego.
“Esta ação tem como objetivo recordar ao Governo a importância desta obra, que se assume como estruturante para toda a região e da necessidade de a mesma ser inserida, como obra prioritária, na programação financeira da Política de Coesão da União Europeia para 2014-2020 (Fundos Comunitários)”, sublinha uma nota enviada hoje.
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A decisão foi tomada numa reunião realizada na sexta-feira à noite.
O Movimento Cívico de Coimbra, Góis, Lousã e Miranda do Corvo alertou quinta-feira passada para a necessidade de o projeto Metro Mondego constituir uma das prioridades de investimento do país a propor à União Europeia no próximo quadro comunitário.
O porta-voz do movimento, Jaime Ramos, salientou que é preciso “acordar a cidade de Coimbra e a região para a necessidade de lutar por este investimento”, no qual, disse, já foram aplicados cerca de 140 milhões de euros sem qualquer utilidade.
“São milhões que vão para o lixo se a obra não tiver continuidade. Portanto, o Governo tem de aproveitar o dinheiro já gasto”, sublinhou o antigo governador civil de Coimbra, numa conferência de imprensa realizada na desativada Estação do Parque do Ramal da Lousã.
O Ramal da Lousã foi desativado há quase quatro anos, estando concluída, no âmbito do projeto, parte das empreitadas entre Alto de São João (Coimbra) e Serpins (Lousã), correspondentes à Linha Verde, primeira fase do Metro Mondego (MM), que contempla também a instalação de um metro ligeiro de superfície do tipo “tram-train” – com capacidade para circular nos eixos ferroviários, urbanos, suburbanos e regionais – na cidade de Coimbra.
Faltam as obras até Coimbra B e os trabalhos de colocação de plataformas na via, dos carris, bem como de toda a catenária (sistema de alimentação elétrica) – que foram suprimidos no final de 2010 – nas duas empreitadas parcialmente concluídas.
“Se o projeto for candidatado a financiamento europeu, terá uma comparticipação de 85% e Portugal assumirá unicamente 15%. Se o investimento necessário for de 100 milhões, Portugal só terá um custo de 15 milhões, uma insignificância perante o interesse estruturante do Metro Mondego”, sublinhou Jaime Ramos.
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