Coimbra
Igreja do Convento São Francisco em Coimbra proposta para monumento de interesse público
Igreja do Convento São Francisco em A Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) pretende a classificação da Igreja do Convento São Francisco, em Coimbra, como monumento de interesse público, de acordo com uma proposta hoje publicada em Diário da República (DR).
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No texto, datado de 29 de maio, a Diretora-Geral do Património Cultural, Paula Araújo da Silva, frisa que o projeto de classificação da antiga igreja como monumento de interesse público tem fundamento num parecer nesse sentido da secção do Património Arquitetónico e Arqueológico do Conselho Nacional de Cultura e será, depois de cumpridos os formalismos administrativos e legais, remetido para decisão final à secretária de Estado da Cultura.
“Os elementos relevantes do processo (fundamentação, despacho, planta com a delimitação do imóvel e da respetiva zona geral de proteção) estão disponíveis nas páginas eletrónicas” da DGPC e da Direção Regional de Cultura do Centro (DRCC), lê-se na publicação do DR.
O processo administrativo original está igualmente disponível para consulta, mediante marcação prévia, nas instalações da DRCC, em Coimbra.
O texto adianta que o período de consulta pública “tem a duração de 30 dias úteis” (ou seja, prolonga-se até agosto) e que as observações dos eventuais interessados “deverão ser apresentadas junto da DRCC, que se pronunciará num prazo de 15 dias úteis”.
De acordo com informação recolhida pela Lusa na página do Convento São Francisco, propriedade do município de Coimbra, e que agora é um Centro Cultural e de Congressos que abriu ao público em 2016, a antiga igreja é hoje um auditório moderno com capacidade para cerca de 400 pessoas na plateia.
O templo, que deixou de ter culto há quase 200 anos, com a extinção, em 1834, das ordens religiosas, passou a ter novas funcionalidades, a exemplo do convento adjacente. Em 1854 foi sede da nova freguesia de Santa Clara, na margem esquerda do Mondego, onde se localiza, e, em 1875, a antiga igreja foi desanexada, adquirida por privados e transformou-se numa fábrica de massas alimentícias.
Mais tarde, a antiga igreja chegou a integrar uma unidade têxtil, instalada nos espaços conventuais em finais do século XIX e que ali laborou durante quase um século, sob designações diversas, até o início da década de 1980.
A Igreja do Convento São Francisco regressou à posse da diocese de Coimbra em 1996 – dez anos depois da autarquia ter adquirido as instalações conventuais – mas haveria de voltar à autarquia em 2009 para ser recuperada, a partir de 2015, de acordo com um projeto de arquitetura da responsabilidade de Gonçalo Byrne.
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