Coimbra
Ciclo de concertos ao ar livre em Coimbra homenageia cirurgião Linhares Furtado
A edição deste ano de ‘Serenatas com a Lua por perto’ integra quatro concertos ao ar livre, no centro histórico da cidade de Coimbra, um dos quais de homenagem ao cirurgião Alexandre Linhares Furtado, anunciou a organização.
Referenciado pelo tema ‘serenata’, “tão característica da cidade dos estudantes”, que será abordado no âmbito da música erudita, o ciclo decorre entre 10 de julho e 01 de outubro, “acompanhando as quatro fases da Lua”, informa a Orquestra Clássica do Centro (OCC), que promove o evento.
“O destaque neste ciclo de concertos”, afirma a OCC, vai para espetáculo agendado para a noite de 20 de julho (21:00), no ‘Pateo’ das Escolas, na Universidade de Coimbra, com atuações da própria Orquestra do Centro e seus convidados, a soprano Elisabete Matos e o maestro Martin André.
A ‘Serenata lua cheia’, no ‘Pateo’ das Escolas, visa assinalar os 50 anos do primeiro transplante realizado em Portugal, nos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), em 20 de julho de 1969, e, sobretudo, homenagear o seu principal responsável, o cirurgião Alexandre Linhares Furtado.
Há 50 anos foi feito nos HUC “o primeiro transplante de rim com dador vivo”, refere a OCC, recordando, designadamente, que em 1980 foi realizado o primeiro transplante com rim de cadáver e que oito anos depois aconteceu “o primeiro transplante hepático em Portugal” e que em 1992 se iniciou em Coimbra “um programa continuado de transplantes de fígado, tendo o primeiro transplante de fígado pediátrico em Portugal sido feito em 1994”.
No ano seguinte, “pela primeira vez em todo o mundo, foi realizado um transplante sequencial com fígado de doente com paramiloidose” e em 1996 “iniciaram-se os transplantes de fígado com recurso a bipartições”.
Em 1997 ocorreu “outra operação inédita em todo o mundo: triplo transplante hepático a partir de um único enxerto de cadáver”, recorda ainda a OCC, salientando que “tudo isto aconteceu em Coimbra”, sob a liderança de Linhares Furtado.
Mas esta é “só uma parte da história do trabalho realizado por um grande cirurgião”, que “marca a história da medicina” e “coloca o país no mapa das nações pelas melhores razões”, afirma a Orquestra.
“Amante incondicional das artes”, Linhares Furtado é presidente da Assembleia Geral da OCC.
O primeiro dos quatro concertos da segunda edição do ciclo – ‘Serenata quarto crescente’ –, pelo Quarteto de Cordas da OCC, com o tenor Mário João Alves, solista convidado, terá lugar na tarde de 10 de julho (17:30), no Palácio da Justiça de Coimbra, na Rua da Sofia, na Baixa da cidade.
O ciclo encerra com um concerto pela Orquestra de Cordas da OCC, sob direção do maestro Jan Wierzba, no Museu Nacional de Machado de Castro, na Alta de Coimbra, no dia 01 de outubro (21:00), depois de, em 28 de setembro (21:30), se realizar a ‘Serenata quarto minguante’, na Biblioteca Joanina.
Com entradas gratuitas, o ciclo tem apoio da Direção Geral das Artes (DGArtes), da Universidade de Coimbra, do Museu Nacional Machado de Castro e do Tribunal da Relação de Coimbra.
Tendo como mecenas a empresa de produtos elétricos EFAPEL, a Orquestra Clássica do Centro, fundada em 2001, conta com o apoio institucional da Câmara Municipal de Coimbra.
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