Coimbra
BlueEyes: Politécnico de Coimbra com projeto para melhorar a mobilidade e orientação dos cidadãos com deficiência visual
O BlueEyes visa auxiliar os cidadãos cegos ou com visão reduzida a conhecerem o ambiente em que vivem, melhorando a sua inclusão social e qualidade de vida.
O Politécnico de Coimbra (IPC) desenvolveu um projeto a fim de permitir aos cidadãos com deficiência visual moverem-se de um modo independente através de um sistema de navegação, disponibilizado no smartphone, sem a necessidade de um hardware especial e utilizando tecnologia Bluetooth Low Energy (BLE).
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A investigação estuda e explora os aspetos da interação humano-computador (HCI) e visa o desenvolvimento de um modelo de arquitetura para aplicações móveis sensíveis a Beacons. Como explica o docente da Escola Superior de Educação de Coimbra (ESEC) responsável pelo projeto, João Orvalho, “os beacons são dispositivos (emissores), que funcionam com a rede Bluetooth e são colocados em determinados locais para que se possa cruzar a informação georreferenciada – utilizando o GPS – num sistema”. Deste modo, permitem ao cidadão cego saber onde se encontra e que obstáculos tem à sua frente para se mover até um determinado local, como por exemplo, a existência de escadas, passeios, entre outros.
De acordo com João Orvalho, pretende-se “tornar o invisível visível aos cidadãos cegos, melhorando a mobilidade nos transportes urbanos de Coimbra, as visitas à Rota Bordaliana nas Caldas da Rainha e a circulação pedonal para acesso aos serviços dos edifícios e serviços públicos de Tábua”.
O responsável pelo projeto afirma que o projeto foi recentemente concluído e permanece um legado com continuidade, 3 “Living Labs” nestes municípios. No que diz respeito a Coimbra, a aplicação vai permitir que os cidadãos cegos que utilizem os autocarros saibam onde se encontram e qual a paragem em que devem sair. Em Tábua, vai permitir que os cidadãos saibam onde se localizam determinados serviços.
Apesar de os dispositivos já se encontrarem no terreno, a aplicação para o smartphone ainda não está disponível para o público. “Quando forem massificados não terão custos para o cidadão cego, uma vez que se encontram fixos nos diversos locais, basta descarregar a aplicação para o telemóvel e, a partir daí, entrar no sistema e interagir”, esclarece João Orvalho.
O projeto foi desenvolvido por professores e estudantes das Licenciaturas em Comunicação e Design Multimédia, Engenharia Informática e do Mestrado em Human Computer Interaction (HCI) do IPC, num consórcio com o Instituto Politécnico de Viseu.
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