Coimbra
Estudantes dizem que “justiça foi reposta” na Faculdade de Direito de Coimbra
O Núcleo de Estudantes de Direito da Associação Académica de Coimbra (NED/AAC) considerou hoje que “a justiça foi reposta” depois de o reitor ter emitido um despacho que suspendeu o processo avaliativo da disciplina de Economia Política II.
“Após o boicote pacífico das provas orais da disciplina de Economia Política II da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, foi emitido, por parte da Reitoria da Universidade de Coimbra, um despacho referente ao tema”, refere o núcleo, em comunicado.
Os estudantes acusaram o docente responsável pela disciplina, Victor Calvete, de usar critérios de avaliação que violam, “de forma clara”, o Regulamento do Curso de Licenciatura em Direito da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.
Em causa estava a decisão de Calvete de não cotar para 20 valores a prova escrita. O método de correção utilizado na prova escrita consistiu na atribuição de 0,26 valores (resultado da divisão de 20 valores pelas 75 questões da prova) a cada uma das respostas corretas, excluindo a cotação da 75.ª questão, dando a cotação máxima possível à prova escrita de 19 valores.
Esta situação levou o NED/AAC a convocar para hoje de manhã um “boicote pacífico das provas orais” de Economia Política II, na sequência do qual foi emitido o despacho.
O documento, assinado pelo reitor, Amílcar Falcão, “vem suspender o processo avaliativo da disciplina e abrir um processo de inquérito de forma a averiguar os factos alegados pelo NED/AAC”, refere.
Será averiguado “o método utilizado para a avaliação da prova escrita e a respetiva conformidade com os diplomas legais e regulamentares em vigor”, acrescenta.
O NED/AAC congratula-se com esta vitória e com a posição da direção da Faculdade de Direito e da Reitoria da Universidade de Coimbra.
“Pela voz dos estudantes, a justiça foi reposta na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra”, realça.
Os estudantes tinham alegado que a divisão de cotações aplicada por Victor Calvete, “além de ser matematicamente incompreensível, é pedagogicamente insustentável, sendo óbvio o prejuízo e a injustiça que os estudantes avaliados sofreram, existindo estudantes que se encontram reprovados através deste método que não o estariam caso o mesmo cumprisse o regulamento e a lei”.
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