Coimbra
Carlos Reis honrado por prémio que tem como patrono Eduardo Lourenço
O professor da Universidade de Coimbra Carlos Reis afirmou-se hoje muito satisfeito e muito honrado por ter sido distinguido com o prémio Eduardo Lourenço.
Receber o prémio Eduardo Lourenço é “obviamente é uma grande honra, antes de mais pelo seu patrono, por quem tenho uma velhíssima admiração” disse hoje à agência Lusa Carlos Reis, “notabilíssimo especialista em Literatura Portuguesa”, como o classificou o júri do prémio ao anunciar hoje, na Guarda, o nome do galardoado.
“Sempre fui e serei um discípulo de Eduardo Lourenço”, sublinhou.
A distinção também premeia a “forte militância” de Carlos Reis pelas “relações culturais entre Portugal e Espanha”, reconhece o ensaísta, natural dos Açores (Angra do Heroísmo), referindo que o prémio é instituído pelo Centro de Estudos Ibéricos (CEI), ao qual estão ligadas designadamente a Câmara Municipal da Guarda e a Universidade de Salamanca.
O facto de o nome de Carlos Reis passar a ficar na “companhia dos anteriores premiados” é igualmente uma honra para o professor de literaturas portuguesa e espanhola, especialista em estudos queirosianos e um dos fundadores e antigo reitor da Universidade Aberta.
“Nem sabia que estava a decorrer a atribuição do prémio”, disse, sublinhando a surpresa com que recebeu a “boa notícia”, Carlos Reis, que também desconhece se o premiado é escolhido, pelo júri, em função ou não de candidaturas.
Professor convidado em diversas universidades, nomeadamente Santiago de Compostela, Salamanca, Hamburgo, Wisconsin-Madison e Massachussetts-Dartmouth, Carlos Reis também foi diretor da Biblioteca Nacional e é comendador da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada e da Ordem de Isabel a Católica, de Espanha, e doutor honoris causa pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Brasil).
Carlos Reis, de 69 anos de idade, é o vencedor da 15.ª edição do prémio Eduardo Lourenço, no valor de 7.500 euros, foi hoje anunciado na Guarda, no final da reunião do júri que hoje esteve reunido na sede do CEI, naquela cidade.
Segundo o vereador com o pelouro da cultura na Câmara Municipal da Guarda, Victor Amaral, o júri, na análise que fez das 13 candidaturas, decidiu por consenso atribuir o galardão a Carlos Reis, considerado um “reputadíssimo professor da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra” e um “notabilíssimo especialista em Literatura Portuguesa”.
Instituído em 2004 pelo CEI, com sede na Guarda, o prémio destina-se a galardoar personalidades ou instituições com “intervenção relevante no âmbito da cultura, cidadania e cooperação ibéricas”.
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