Coimbra

Governo quer alunos a aprender para profissões que ainda não existem

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 07-06-2019
 

O primeiro-ministro defendeu hoje na Batalha a necessidade dos alunos terem “disponibilidade para continuar sempre a aprender”, para responderem aos desafios laborais do futuro, em que vão haver “funções que ainda não foram inventadas”.

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António Costa, que inaugurou a requalificação da Escola Básica e Secundária da Batalha, considerou o projeto “exemplar e modelar”, assinalando a concentração, ali, das “três principais reformas que foram feitas na educação esta legislatura: o reforço de autonomia, flexibilização e descentralização”.

“Aquilo que vimos nesta escola”, que integrou um projeto-piloto, “transforma radicalmente aquilo que é a aprendizagem”, notou.

Na Escola Básica e Secundária da Batalha, o primeiro-ministro viu, por exemplo, alunos do 4.º ano a fazer exercícios de programação de pequenos robôs:

“Conseguimos antecipar o que eles vão ser capazes de fazer quando chegarem ao 12.º ano”, afirmou, defendendo que, através do modelo aplicado na Batalha, é mais fácil responder “àquela dúvida que muitas vezes tivemos na escola: ‘Mas para que é que isto serve?’.

“Desta forma aprendemos profundamente melhor, percebendo o que estamos a aprender e para que é que serve o que estamos a aprender. Esse esforço, feito desde o 1.º Ciclo, seguramente dará enorme sucesso no 2.º Ciclo, no 3.º Ciclo e no ensino secundário”, sublinhou.

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António Costa lembrou ainda a necessidade da escola assumir uma posição cada vez mais cartesiana.

“Aquilo que hoje sabemos é que nada saberemos sobre o futuro. Temos de ter a dúvida metódica ao longo da vida e ter disponibilidade para continuar sempre a aprender”.

Na Batalha, o primeiro-ministro recordou que a Comissão Europeia quantifica “em 30% as crianças que estão hoje nas escolas e que vão exercer funções que não estão hoje sequer inventadas”.

“Portanto, não nos podemos limitar a ensinar para as profissões que existem. Vamos ter de formar para aprender aquilo que não sabemos sequer que vai ser, no futuro, necessário saber. No futuro vamos ter de voltar a aprender coisas que hoje não sabemos que já existem. Essa é a função fundamental da escola”, concluiu.

O presidente da Câmara da Batalha, Paulo Batista dos Santos, frisou a poupança que o projeto da Escola Básica da Batalha permitiu:

“Herdámos um projeto de requalificação da empresa Parque Escolar, com uma estimativa orçamental inicial de 17 milhões de euros. A escola que hoje inauguramos representa um investimento global superior a 4.5 ME, concretizado com apoio de fundos comunitários num valor inicial de 2,3 milhões de euros “.

Em colaboração com o Governo e apoio do Plano Operacional do Centro, foi concretizado “o mesmo objetivo de qualificar o espaço escolar, poupando ao nosso país 12,5 milhões de euros”.

António Costa, que não respondeu a perguntas dos jornalistas – preferiu falar para o jornal da escola da Batalha – foi recebido por duas manifestações: uma da Fenprof, exigindo a devolução do tempo de serviço congelado, e outra de trabalhadores das Misericórdias e de instituições particulares de solidariedade social, pedindo melhores condições salariais.

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