Cinema
Alma de Coimbra no Gil Vicente
O coro e grupo de guitarras Alma de Coimbra, constituído por antigos universitários, apresenta, na segunda-feira, no Teatro Académico Gil Vicente, em Coimbra, o novo álbum que inclui novos arranjos para temas popularizados por nomes como Amália Rodrigues.
O novo CD, “Alma 2”, é um “tributo à lusofonia, e inclui várias canções de países como Brasil, Angola, e Cabo Verde, com novos arranjos do maestro Augusto Mesquita, assim como temas portugueses dos repertórios de Amália Rodrigues e José Afonso”, disse à Lusa um dos músicos do grupo.
O CD é constituído por 17 temas, dois deles instrumentais – “Variações em lá menor”, de João Bagão, e “Valsa para um tempo que passou”, de António Portugal, e novos arranjos musicais para temas de Frederico de Freitas, Alain Oulman, José Luís Tinoco, José Afonso, Raul Indipwo e António Fragoso.
Os Alma de Coimbra têm como núcleo central um coro masculino e as suas apresentações incluem, habitualmente, acompanhamento à guitarra.
No CD, além do coro, dirigido pelo maestro Augusto Mesquita, participam os músicos Inês Mesquita (piano), Luísa Mesquita (contrabaixo e guitarra), Daniel Tapadinhas (gaita-de-foles, percussões e trompete), Avelino Correia (violino), Ricardo Dias e António José Moreira (guitarra portuguesa), Durval Moreirinhas e Pedro Lopes (viola).
Neste projeto discográfico, o grupo contou com a colaboração, como convidados especiais, do Cantemus – Coro Juvenil de Cantanhede, e dos músicos Rui Lúcio (percussões), Diana Guardado (flauta transversal) e Luís Arede (piano).
Todos estes músicos, à exceção de Daniel Tapadinhas, participam no concerto no Gil Vicente, na segunda-feira, e no concerto previsto para o dia 03 de janeiro, no Casino da Figueira, na Figueira da Foz.
Os Alma de Coimbra são, “assumidamente, um projeto ao serviço da cultura portuguesa, no quadro dos valores essenciais da lusofonia”, lê-se no seu sítio na Internet.
Este CD inclui temas portugueses como “Lenda de D. Sebastião”, do extinto Quarteto 1111, de autoria de José Cid, assim como do Brasil, “Carinhoso”, de Carlos Alberto Braga e Pixinguinha, de Moçambique, “Iliza gomará saia”, de Raul Indipwo, e de Cabo Verde, “Bia d’Lulucha”, do cancioneiro popular.
De José Afonso interpretam, entre outras, “Menino do bairro negro”, “Coro da Primavera” (I e II) e “Menina dos olhos tristes”. Da fadista Amália Rodrigues, os Alma de Coimbra interpretam “Fado de cada um”, de João da Silva Tavares e Frederico de Freitas, e “Gaivota”, de Alexandre O’Neil e Alain Oulman.
Entre os temas do CD regista-se o fado de Coimbra, “Lá Longe”, de autoria, letra e música, de Florêncio Neto de Carvalho (1924-1981).
“Florêncio de Carvalho era um grande boémio e profissional de gabarito. O ‘Lá Longe’ terá sido escrito em 1942. Só que ele pouco se interessou pelas coisas que compunha e nem tudo é claro na sua obra”, explicou á Lusa o maestro Augusto Mesquita.
Além de “Iliza gomará saia”, do repertório do Duo Ouro Negro, criado em 1956 pelos músicos Raul Indipwo e Milo MacMahon, os Alma de Coimbra registaram ainda a canção “Amanhã”.
Entre os temas do CD contam-se “No teu poema”, de José Luís Tinoco, que Carlos do Carmo defendeu no Festival RTP da Canção de 1976, no qual era o único concorrente com canções de vários autores.
“Canção Perdida”, de Guerra Junqueiro e António Fragoso, e “Canção Açoreana” do cancioneiro açoriano integram também o alinhamento do CD.
Os Alma de Coimbra, em janeiro próximo, irão encerrar as celebrações dos 500 anos da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, “em data a designar”, disse à Lusa Augusto Mesquita.
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