Desporto

Pilotos prometem “espetáculo” no “salto manhoso” de Fafe

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 01-06-2019

– Os pilotos do Rali de Portugal prometem “espetáculo” na última especial da prova, no domingo, em Fafe, sobretudo ao chegar “ao mítico salto” da Lameirinha, que encerra esta sétima jornada do Campeonato do Mundo da especialidade.

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“Fafe é uma especial lendária, com muita gente. É sempre um dos pontos altos da temporada”, referiu, à agência Lusa, o estónio Ott Tanak (Toyota Yaris), líder do rali com 4,3 segundos de vantagem sobre o irlandês Kris Meeke (Toyota Yaris), vencedor da prova em 2016.

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O estónio promete ir “sempre gás a fundo” naquela zona do último troço da prova, que funcionará, também, como ‘power stage’, distribuindo cinco pontos pelos cinco mais rápidos.

Jari-Matti Latvala (Toyota Yaris), que este domingo regressa à prova apesar de hoje ter desistido com um amortecedor partido, considera que é “um sítio fantástico”.

Contudo, revela que não aprecia particularmente aqueles voos. “Não gosto de dar grandes saltos, prefiro ir com calma. Se formos muito depressa pode tornar-se um sítio perigoso”, explicou.

A Finlândia alberga os maiores saltos do campeonato, mas Latvala explica que, no seu país de origem, “as estradas são mais largas” e os pilotos têm “mais espaço”. “Aqui é muito apertado”, vinca.

Sobre a melhor forma de abordar o salto, explica que é preciso “travar”, colocar “uma mudança abaixo e depois gás a fundo para saltar”.

O belga Thierry Neuville (Hyundai i20) segue o mesmo estilo.

“É importante ter uma boa linha e alguma velocidade. Depois somos apenas passageiros até tocarmos no chão outra vez. Apertamos os cintos antes de saltar e não pensamos muito. Levantamos um pouco o pé e, antes de saltar, aceleramos outra vez um pouco, para cair com o carro direito”, explicou à gência Lusa.

Apesar de considerar que o salto da Lameirinha “não é dos mais fáceis”, garante que “não é assustador”, pois, “sobretudo na Finlândia”, são “piores”.

Quanto ao francês Sébastien Loeb (Hyundai i20), os problemas mecânicos sofridos no primeiro dia de prova, em Arganil, retiraram “o divertimento” na prova portuguesa. Por isso, garante que tem andado em “ritmo baixo”.

“O salto? Não quero saber”, concluiu.

Para o espanhol Dani Sordo (Hyundai i20), as coisas são mais simples.

“A melhor forma de o fazer? É chegar lá e saltar como puderes. Se fechar os olhos, corre mal”, garante.

Quem não fecha os olhos é o português Armindo Araújo (Hyundai i20 R5).

“Em Fafe vamos tentar dar um bom espetáculo. O salto requer alguma atenção, porque a aterragem nunca é muito boa. Mas é um local onde há muitas emoções e em que vibramos com o público”, confessa.

Quando chegar àquele local, pouco antes da contagem de tempos final, já sabe o que fazer. “Tem que se cortar um bocadinho a velocidade antes, mas, quando é a altura de saltar, tem de acelerar-se para o carro não aterrar de frente”, explica, pois “aquele salto é um bocadinho manhoso”.

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