Universidade
Reitores querem RTP 2 a produzir do Porto
Os reitores das seis universidades públicas do Centro e Norte do país assinaram um comunicado no qual defendem a importância do Centro de Produção do Norte (CPN) da RTP e consideram “interessante” sediar o segundo canal no Porto.
Datado da passada sexta-feira e divulgado hoje, o documento é assinado pelos reitores das universidades de Aveiro, Beira Interior, Coimbra, Minho, Porto e Trás-os-Montes e Alto Douro, referindo que “atribuem grande importância para a atividade das suas universidades e para reforço das dinâmicas de toda a região, que exista no CPN da RTP atividade de produção significativa”.
“Não é fácil para as universidades contribuir para a decisão sobre qual o canal que deve ser colocado no CPN da RTP, decisão complexa certamente dependente de muitos fatores. Podemos contudo e desde logo afirmar que, tendo as universidades interesse na comunicação de âmbito nacional e internacional, parece mais interessante o canal 2, o qual poderá pela sua natureza ser instrumental em todas os géneros”, escrevem os reitores das seis instituições de ensino superior.
Desta forma, os reitores expressaram “a sua vontade de participar na definição de programas para a consolidação da área do audiovisual e dos novos media que consigam articular as áreas de ensino, investigação e inovação empresarial e que apoiem a produção pelas empresas de conteúdos de comunicação da atividade desenvolvida, de comunicação da região e da sua estratégia de desenvolvimento e ainda as apoiem no acesso a novos mercados além-fronteiras”.
As seis universidades classificaram como uma “ambição legítima” a colocação no Porto de capacidade de decisão “sobre orçamentos de produção interna e de aquisição de conteúdos produzidos externamente”.
Já esta semana, o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, afirmou que há um empenho, com as autarquias do Porto e de Matosinhos, “em apoiar todas as estratégias de reforço do Centro de Produção do Norte e o quanto ele representa para a região”, o que passa por “defender de forma preventiva aquele que vai ser o processo que conduzirá a um novo contrato de concessão e deixar bem claro que o novo contrato de concessão tem de prever um reforço deste centro de produção”.
Na quarta-feira, a Subcomissão de Trabalhadores do CPN da RTP lamentou que 2013 acabe como uma “imensa, mas vazia praça de promessas” e apelou para que no próximo ano haja mais diálogo com os trabalhadores.
“Um ano depois, as promessas continuam a ser promessas, e assiste-se a uma dança para a qual os trabalhadores da RTP Porto não têm tido convite: enquanto a administração da RTP insiste na promessa, que, sublinhe-se, não conseguiu realizar, de trazer para o CPN a produção da RTP 2, a tutela governamental tem falado na RTP Internacional”, escreveu a Subcomissão de Trabalhadores em comunicado.
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