Coimbra
Medicamento para combater osteoartrose vence Arrisca C
O projeto de desenvolvimento de um medicamento inovador para combater a osteoartrose venceu hoje a 10.ª edição do Concurso de Ideias e Planos de Negócio Arrisca C 2018, um dos programas nacionais de empreendedorismo e inovação.
O “Protexing-Aging”, desenvolvido por investigadores da Universidade de Coimbra, arrecadou os prémios Ideias de Negócio, IPAMEI e IEFP, numa cerimónia realizada hoje à tarde no Exploratório-Centro Ciência Viva de Coimbra, presidida pela secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, Maria do Céu Albuquerque.
“Queremos levar o projeto para a frente e contribuir para melhorar a saúde de milhões de pessoas”, disse a investigadora Alexandrina Pinto Mendes, autora do projeto juntamente com Gonçalo Pinto Mendes, Alcino Lopes Leitão e Cátia Moreira de Sousa.
O projeto consiste no desenvolvimento de um composto “com propriedades físico-químicas e farmacológicas muito promissoras, capaz de ativar uma enzima que protege as células da disfunção associada ao envelhecimento e a alterações metabólicas”.
“Este composto é eficaz na proteção de células articulares, inibindo os processos destrutivos e ativando a reparação articular”, o que poderia evitar a substituição da articulação por uma prótese, explica a equipa, numa pequena brochura.
O Concurso de Ideias e Planos de Negócio Arrisca C premiou ainda o projeto “Immersive Pyx-Rescue Pyx”, desenvolvido por investigadores de Abrantes, ligados ao Instituto Politécnico de Tomar, que consiste numa aplicação em “realidade aumentada” que permite melhorar o desencarceramento automóvel por parte das forças de socorro.
Segundo os promotores, a aplicação baseada nas fichas de segurança de cada viatura automóvel fornece as indicações técnicas “dos pontos a operar em segurança e pontos perigosos a evitar pelas forças de socorro, melhorando a eficiência operativa”.
O prémio Planos de Negócio foi atribuído ao projeto “Eco2 Blocks”, apresentado por Pedro Silva Humbert, da Universidade Beira Interior (Covilhã), que pretende desenvolver materiais de construção a partir de resíduos industriais e água não potável que absorvam dióxido de carbono.
No capítulo das ideias de negócio do ensino secundário e técnico-profissional foi premiado o projeto “Dog’s Home”, concebido por duas alunas da Escola Secundária de Monserrate, de Viana do Castelo, com a finalidade de construírem casotas para cães ajustáveis ao seu tamanho.
O concurso atribuiu ainda menções honrosas aos projetos “Vmotor X Experience”, concebido na Universidade de Coimbra, para a criação de um simulador de pilotagem com tecnologia de realidade híbrida, e “Time Up”, uma plataforma digital de apoio ao tratamento de infeções do trato urinário a pessoas da terceira idade.
Após 10 edições do Concurso Arrisca C, foram candidatados mais de 800 projetos, criadas mais de 25 ‘startups’ e distribuídos quase um milhão de euros em prémios.
“Nesta região, à semelhança de outras no país, há projetos muito interessantes que estão a ser desenvolvidos. Este Arrisca C arrisca-se a ser um contributo muito importante e decisivo para o impacto desta cadeia e criação de condições para que possamos todos aspirar a um futuro mais promissor”, sublinhou a secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, na sessão de encerramento.
Segundo Maria do Céu Albuquerque, são projetos “à escala regional que fazem a diferença e trazem para a rede todos os atores do território e que põem todos a trabalhar para um objetivo comum, que é trabalharmos para garantirmos a sustentabilidade de cada um dos territórios”.
A governante salientou que, ao longo de 10 anos, o Concurso Arrisca C “foi criando condições para que hoje tenhamos projetos de grande maturidade, que inclusivamente levam mais do que um prémio e que têm condições de sucesso para garantir a sustentabilidade dos nossos territórios”.
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