Governo
Bloco de Esquerda quer que Governo finalize obras na linha da Beira Baixa
O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda (BE) propôs uma recomendação ao Governo para que finalize as obras de modernização e de eletrificação da linha da Beira Baixa e proceda à reabertura “imediata” do troço Guarda-Covilhã, foi hoje divulgado.
No documento, o BE também defende que o Governo “reponha o serviço de transporte rodoviário alternativo enquanto o troço Covilhã-Guarda estiver fechado”.
Em fevereiro de 2009, foi decidida a suspensão da circulação na linha da Beira Baixa, entre as cidades da Guarda e da Covilhã, para obras de renovação naquele troço, mas após o investimento em pontes, túneis e dez quilómetros de linha, a REFER admitiu aguardar por verbas para concluir os trabalhos.
O BE recomenda que o executivo liderado por Pedro Passos Coelho “finalize as obras de modernização e de eletrificação da linha da Beira Baixa e proceda à reabertura imediata do troço, cumprindo as promessas efetuadas à população”.
“Desde 2009 que a população está a ser iludida pelo poder político. Convencida de que a linha seria encerrada para receber obras de 350 milhões de euros, aceitaram-se as promessas então efetuadas. Desde então, poucas obras foram realizadas, o atual Governo acabou com o transporte alternativo entre a Guarda e a Covilhã e o troço continua encerrado”, lembra o BE.
No mesmo documento assinala que, na atual situação, “o caminho de Lisboa para a Guarda ficou muito mais longo, tal como o percurso da Covilhã para o norte” do país.
“Por exemplo, um cidadão que queira efetuar o percurso Covilhã-Guarda (50 quilómetros) de comboio é obrigado a passar pelo Entroncamento, Coimbra e Mangualde, efetuando centenas de quilómetros. Já as populações de Belmonte e Sabugal ficaram sem serviço ferroviário”, refere.
O BE aponta ainda que, “após esta redução da qualidade do serviço”, o Governo “ainda decidiu substituir o material circulante utilizado na ligação Lisboa-Covilhã, trocando-o por composições que deveriam estar afetas a viagens curtas e não longas, como é o caso do Intercidades que efetua o percurso”.
Atendendo a esta situação, também apela ao Governo que “garanta a melhoria do material circulante utilizado no percurso Lisboa – Covilhã – Guarda”.
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