Coimbra
Pacheco Pereira defende Estado-Providência
O historiador e ex-dirigente do PSD Pacheco Pereira defendeu hoje à tarde, em Coimbra, que o Estado-Providência não pode ser substituído por uma perspetiva “assistencialista ou de caridade”.
O Estado-Providência “está em risco”, alertou o ex-dirigente do PSD, considerando que, “mais do que ‘slogans’ políticos e ideológicos” sobre o Estado social, “a sociedade tem de assegurar os serviços básicos, sem que haja a perda da dignidade das pessoas”.
“Desde que se queira e desde que se encontrem soluções, há condições para o Estado-Providência” funcionar, sublinhou Pacheco Pereira.
O ex-dirigente do PSD considerou que o argumento de que menos pessoas a trabalhar não podem garantir a providência de muitas pessoas a não trabalhar surge a partir de “uma grande desertificação ideológica”, aceitando-se “apenas o argumento demográfico quando há outros argumentos que devem ser utilizados”.
Pacheco Pereira falava à comunicação social, à margem da apresentação do número 13 da revista ‘Estudos do Século XX’, na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, onde também esteve presente o ex-secretário-geral da CGTP Carvalho da Silva, que considerou “indispensável preservar o Estado-Providência”.
Um estado “moderno e democrático não o pode ser sem um Estado-Providência”, frisou o ex-secretário-geral da CGTP, afirmando que o mesmo está a “ser ameaçado por um ataque brutal”.
“Existem novos fatores que a sociedade não quer assumir. O aumento da esperança média de vida é tratado como um fardo”, afirmou Carvalho da Silva.
Sobre o movimento que se pretende candidatar às europeias com o objetivo de unificar a esquerda, Carvalho da Silva disse nada ter a dizer sobre o movimento, apenas se revendo “na necessidade imperiosa de unir esforços” entre a esquerda portuguesa.
Carvalho da Silva já tinha referido à agência Lusa, no sábado, que não criou nem tenciona criar nenhum movimento para as eleições europeias, que decorrerão entre 22 e 25 de maio de 2014.
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