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Segundo dia de campanha para as Europeias com Rangel e Melo em Coimbra
Ao segundo dia de campanha para as europeias, o cabeça de lista do PSD sobrevoou as áreas ardidas no centro do país em 2017, enquanto a candidata do BE aproveitou uma viagem de comboio para criticar o Plano Juncker.
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Paulo Rangel fez hoje de manhã um voo de helicóptero de cerca de uma hora pelas zonas ardidas em 2017 – com destaque para as áreas de Pedrógão, Pampilhosa da Serra, Oliveira do Hospital, Tábua e Lousã -, no qual foi acompanhado pelo especialista Xavier Viegas, diretor do Centro de Estudos sobre Incêndios Florestais.
O cabeça de lista do PSD às europeias afirmou ter “preocupações enormes” quanto à preparação da época de incêndios, estranhando que em dois anos o Governo “não tenha conseguido” resolver os problemas com o SIRESP (Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal).
Esta viagem já foi, entretanto, criticada pelo presidente da Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra, que a considerou “uma afronta”.
Também o CDS-PP, que no segundo dia contou com a companhia da líder do partido, visitou hoje zonas ardidas há dois anos.
Assunção Cristas e o candidato Nuno Melo, que também tenta a reeleição como eurodeputado, estiveram hoje em Oliveira do Hospital, distrito de Coimbra, onde continuam a existir muitas casas por reconstruir depois dos incêndios de 2017, tendo a líder desafiado o primeiro-ministro a resolver “um problema que ele próprio ajudou a criar” com a ameaça da empresa que gere o SIRESP de fechar as redes de comunicação de redundância elétricas e móveis.
Já Marisa Matias, cabeça de lista pelo BE, começou o segundo dia de campanha oficial no Alentejo e de comboio, o transporte escolhido para fazer a viagem entre Vila Nova da Baronia e Beja.
Em declarações aos jornalistas, a candidata foi muito crítica do Plano Juncker, um plano de investimentos europeu que “está cheio de truques e de impossibilidades para um país mais coeso e mais igual”.
Com a comitiva bloquista, viajou a coordenadora do BE, Catarina Martins, que falou da atualidade política nacional, tendo concordado com o Presidente da República quando Marcelo Rebelo de Sousa explicou que, em relação aos professores, “só falaria se existisse uma crise política” e recusou interferir em “processos legislativos em curso”.
Também no Alentejo, mas em Évora, Pedro Marques, primeiro nome da lista do PS, insistiu na importância da Europa na vida das pessoas e do voto nas próximas eleições.
Em visita a uma exposição alusiva aos 50 anos de existência do Diário do Sul, o candidato aproveitou para acusar o seu adversário direto do PSD, Paulo Rangel, de ter “grande vontade” de fazer “ruído”, contrapondo que os socialistas estão na campanha eleitoral “pela positiva”.
Numa pequena arruada pelo centro histórico de Vila Franca de Xira, o cabeça de lista da CDU e atual eurodeputado, João Ferreira, vincou não temer comparações do seu trabalho, e dos outros dois “camaradas” no Parlamento Europeu, com o dos restantes 18 representantes portugueses e recusou estabelecer metas eleitorais.
No dia em que se ficou a saber que o número total de portugueses recenseados subiu para 10,7 milhões, o PAN, pela voz do seu cabeça de lista, Francisco Guerreiro, defendeu o direito de voto a partir dos 16 anos a nível europeu, uma vez que vários estados-membros “já caminharam nesse sentido”.
Em campanhas nos Açores, o primeiro candidato da Aliança, Paulo Sande, garantiu que haverá um “trabalho estreito” entre os eventuais eleitos do partido e as regiões ultraperiféricas portuguesas.
O candidato eleitoral falava na Ribeira Grande, na ilha de São Miguel, depois de uma reunião com a Federação Agrícola dos Açores, onde também esteve o líder do partido, Pedro Santana Lopes.
No Porto, o cabeça de lista do Partido Democrático Republicano, Marinho e Pinto, aproveitou a campanha para comentar um tema da atualidade nacional, considerando que, na polémica em torno do empresário Joe Berardo, “a culpa não pode morrer solteira”.
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