Coimbra
Presidente da Fundação Mata do Buçaco dedica prémio a reclusos
A Fundação Mata do Buçaco considerou hoje que a atribuição do Prémio Manuel António da Mota é um “reconhecimento do trabalho desenvolvido pelos cidadãos reclusos em prol daquele espaço único”, destacando o seu “percurso notório”.
A fundação venceu hoje o prémio, no valor de 50 mil euros e este ano dedicado ao Ano Europeu dos Cidadãos, devido aos seus projetos de “ressocialização integrada e corresponsável de reclusos”.
Para o presidente da Fundação Mata do Buçaco, António Jorge Franco, “este é um reconhecimento do trabalho desenvolvido pela fundação, pelos seus administradores e colaboradores, nomeadamente os cidadãos reclusos do Estabelecimento Prisional de Coimbra que têm realizado um percurso notório” desde 2010, quando se iniciou o trabalho entre a fundação e aquela prisão.
“Quero aproveitar para agradecer também a todos os colaboradores da fundação que receberam estes cidadãos reclusos de braços abertos, tratando-os sempre como amigos e não enquanto apenas colegas”, sublinhou.
O responsável destacou ainda que os estabelecimentos prisionais, “nomeadamente o de Coimbra, conseguem formar cidadãos reclusos, dando-lhes oportunidade para que possam pensar num futuro mais risonho e na sua reintegração na sociedade”.
A Fundação Mata do Buçaco tem atualmente sete reclusos a trabalhar, providenciando desde 2010 trabalho no âmbito da manutenção, proteção, preservação e conservação do património natural e histórico-artístico, numa parceria com a Direção-Geral dos Serviços Prisionais.
A entrega do prémio decorreu hoje no Palácio da Bolsa, no Porto, com a participação do ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro, do presidente da Mota-Engil, António Mota, do ex-comissário europeu António Vitorino e da presidente do Conselho de Curadores da Fundação Manuel António da Mota, Manuela Eanes.
A Fundação Mata do Bussaco dedica-se à gestão de todo o património natural e edificado da mata nacional e nos últimos anos destacou-se pela sua “atuação ao nível da conservação da biodiversidade do património natural sob a sua gestão e pela sua política de responsabilidade social”, explica a Fundação Manuel António da Mota.
O organismo visa a recuperação, requalificação e revitalização, gestão, exploração e conservação de todo o património, natural e edificado da Mata Nacional do Buçaco, que atualmente ocupa 105 hectares e possui cerca de 250 espécies de árvores e arbustos.
Foram distinguidas também a Associação CAIS, a Associação Portuguesa de Música nos Hospitais e Instituições de Solidariedade, a Câmara de Odivelas, o Centro de Reformados e Idosos do Vale da Amoreira, a Fundação Odemira, a Liga Portuguesa Contra o Cancro, a RUTIS – Associação Rede de Universidades da Terceira Idade, a Startup X – Associação e a Universidade de Aveiro.
A quarta edição do Prémio Manuel António da Mota associou-se às iniciativas que concorrem para “impulsionar o debate sobre a cidadania europeia e a divulgação dos direitos de cada um enquanto cidadão europeu”.
A Fundação Manuel António da Mota instituiu em 2010 o prémio com o objetivo de reconhecer anualmente organizações e personalidades que se destaquem nos vários domínios de atividade.
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