Coimbra
Ainda não se sabe se alguém quer construir troço do MetroBus!
A Infraestruturas de Portugal procedeu, em 4 de fevereiro de 2019, ao lançamento do concurso para a empreitada de construção do primeiro troço do MetroBus do Mondego, entre Alto de São João e Serpins.
Os eventuais concorrentes tinham 90 dias para apresentar propostas, mas esse prazo foi sendo protelado, passando de maio para junho.
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Fonte oficial da Infraestruturas de Portugal adiantou a Notícias de Coimbra que “este atraso” se deve ao facto dos interessados em realizar a obra terem formulado diversos pedidos de esclarecimento.
Acrescenta que o processo de admissão de propostas deverá ficar concluído no dia 6 de junho, pelo que só após essa data será possível validar as eventuais candidaturas.
O primeiro-ministro, António Costa, preside no dia 4 de feveereiro, em Miranda do Corvo à cerimónia de lançamento do concurso público da empreitada do primeiro troço do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM).
A sessão contou participação do então ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, que entretanto decidiu ser candidato ao Parlamento Europeu.
Depois dos trâmites de concursos, a obra propriamente dita “entrará pelo ano de 2020 fora”, de forma a que o sistema possa começar a ser operado em 2021, “ainda que de modo faseado”.
O SMM, que há mais de duas décadas previa a instalação de uma rede de metro ligeiro sobre carris, no centenário Ramal da Lousã, e a criação de uma linha urbana em Coimbra, adota agora o modelo denominado “metro bus”, à base de autocarros elétricos.
O concurso para as obras do SMM foi aprovado em Conselho de Ministros, que autorizou despesa no valor de 85 milhões de euros, sendo o projeto cofinanciado por fundos europeus na sequência da recente reprogramação do Portugal 2020.
Organizada pela Infraestruturas de Portugal, a sessão incluiu a apresentação pública da nova versão do Sistema de Mobilidade do Mondego e o lançamento do concurso para as obras do primeiro troço do “metro bus”, entre Alto de São João e Serpins, nos municípios de Coimbra e Lousã, respetivamente.
Durante mais de 100 anos, as populações de Lousã e Miranda do Corvo foram servidas pelo comboio que circulava no Ramal da Lousã, desmantelado e encerrado pelo último Governo de José Sócrates, em janeiro de 2010, para obras de instalação do metro, que foram suspensas algum tempo depois devido a problemas financeiros.
Ainda não é conhecido o futuro da sociedade Metro Mondego, que tem o Estado como acionista principal e que integra igualmente os municípios de Coimbra, Lousã e Miranda do Corvo, criada em 1996 para fazer avançar o projeto do metro.
O primeiro decreto-lei com este objetivo foi publicado há 25 anos pelo último Governo de Aníbal Cavaco Silva, em 1994.
Desde que o Ramal da Lousã foi encerrado, há nove anos, os utentes do antigo comboio passaram a ser transportados em autocarros de empresas privadas, ao abrigo de sucessivos concursos públicos, que já custaram à CP cerca de 10 milhões de euros.
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