Governo

António Costa considera que “nem daqui a dez anos” será possível devolver tempo integral aos professores

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 06-05-2019
 

O primeiro-ministro, António Costa, recusou hoje criar ilusões nos professores, considerando que “nem daqui a dez anos” será possível devolver o tempo integral durante o qual as carreiras estiveram congeladas, porque isso “financeiramente não é possível”.

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Em entrevista à TVI, António Costa disse que tem “um grande respeito pelos professores” e que sabe “bem como, durante décadas, sucessivos Governo criaram ilusões”.

“E isso eu não faço. Podem votar todos contra mim, olhe, tenho pena”, salientou.

“Eu não vou criar ilusões a dizer que vou devolver a integralidade do tempo, porque eu sei que só não vou eu, como não vai ninguém. E, não vai, não é este ano, nem no próximo, nem daqui a 10 anos, porque financeiramente não é possível fazer isso”, afirmou.

Para António Costa, “não é possível ser justo com os professores e com todas as outras carreiras em circunstâncias idênticas, sem que isso implicasse cortes brutais na despesa ou aumentos gigantescos de impostos”.

Portanto, acrescentou, “isso não vai acontecer”.

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“Eu prefiro falar verdade e dizer [que] o que nós achamos que é possível é devolver dois anos, nove meses e 18 dias aos professores, o equivalente aos 70% de cada módulo de progressão nas outras carreiras especiais, e prosseguir uma trajetória que o país tem seguido, onde tem conseguido reduzir o défice e a dívida, tem conseguido, pela primeira vez, crescer acima da média europeia e com uma significativa redução do desemprego”, indicou.

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