Coimbra
Continente participa no desenvolvimento de plástico que se degrada naturalmente em 3 meses
Cofinanciado pelo programa Horizonte 2020 da União Europeia, o YPACK é um projeto inovador que tem como objetivo encontrar uma alternativa ao plástico através da criação de embalagens biodegradáveis e compostáveis com maior capacidade de conservação de alimentos, desta forma contribuindo também para a redução do desperdício alimentar.
Reunidos neste consórcio de investigação em Portugal estão, entre outros, o Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia, a Universidade do Minho e a Universidade Nova de Lisboa, sendo o Continente o único retalhista alimentar português a integrar o projeto YPACK, ao abrigo do qual prevê, até ao final de 2019, lançar projetos-piloto para testar embalagens biodegradáveis e compostáveis nos seus estabelecimentos comerciais.
De acordo com Marlos Silva, team leader de projetos de Investigação & Desenvolvimento da Sonae MC, com a implementação deste projeto “procura-se introduzir no processo um tipo de material de facto sustentável, inclusive economicamente”, também acrescentando que a questão logística é relevante em todo o ciclo, tendo em consideração que, se se tratar de um material que surge a partir de um resíduo, “importa tentar ajustar o seu valor para perceber onde está esse resíduo e como é movimentado”.
Iniciado em novembro de 2017 e estendendo-se por um período de três anos, o YPACK está agora a ser desenvolvido no Instituto de Agroquímica e Tecnologia de Alimentos, em Valência, Espanha, entidade coordenadora deste projeto cofinanciado pela UE, contando já com vários protótipos de sacos, cuvetes e película para embalar fruta, legumes, pão ou carne. Prevê-se que este material se degrade naturalmente no solo ao fim de 50 dias e no oceano em menos de 100 dias.
Em suma, o YPACK vai abrir caminho para a introdução no mercado não só de um novo tipo de embalagem – segura para os alimentos e que os conserva durante mais tempo –, como também de um produto biodegradável – recolhido a partir de produtos alimentares desperdiçados, tais como soro de leite e cascas de amêndoa –, e que poderá ser usado como fertilizante para a terra, uma vez que se degrada à base de H2O e Co2, entrando assim novamente no ciclo, numa lógica de Bioeconomia Circular: uma economia circular assente em soluções que utilizam recursos e resíduos biológicos.
A participação do Continente neste projeto enquadra-se no “Compromisso para o Uso Responsável de Plásticos” definido pela marca, que visa encontrar soluções alternativas e economicamente viáveis à utilização de plástico de origem fóssil, com particular incidência em produtos de utilização única. Desta forma, pretende-se privilegiar modelos de substituição por outros materiais, de reutilização, de redução de material, de incorporação de materiais reciclados, ou de eliminação da utilização de matérias e plásticos mais problemáticos ou desnecessários nos produtos/embalagens de Marca Própria das suas várias insígnias.
O Continente tem vindo a implementar diversas medidas sobre o uso responsável de plástico, ao nível da Marca Própria Continente, da logística, dos fornecedores, do apoio à inovação (nomeadamente através de parcerias estabelecidas com universidades nacionais e internacionais para o desenvolvimento de projetos de investigação), e também ao nível da sensibilização junto consumidor.
Estas medidas estão em total sintonia com um conjunto alargado de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) proposto pelas Nações Unidas para 2030 (*), bem como com as apostas Europeias e Nacionais rumo a uma Economia Circular.
Para saber mais sobre o “Compromisso para o Uso Responsável de Plásticos” do Continente visite: http://plasticoresponsavel.
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