Coimbra
Tertúlia “Cantar Abril” evocou um tempo em que “cantiga era mesmo uma arma”
Na iniciativa que faz parte do programa comemorativo do 45º aniversário do 25 de Abril de 1974 e que está inserida nas comemorações do 50º aniversário do CITEC – Centro de Iniciação Esther de Carvalho, o presidente da Assembleia Municipal, Fernando Ramos, ao aludir que “o 25 de Abril começou com música”, congratulou-se pelo CITEC “ter dado resposta positiva ao desafio lançado e por se terem criado as condições para a realização das tertúlias alusivas ao 25 de Abril”.
Aposentado da carreira médica, Rui Pato, músico e vice-presidente da Assembleia geral da Associação José Afonso, conduziu a plateia por uma viagem pela história mais recente do país, desvendando alguns dos episódios vividos por si.
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Assim, a música e as canções foram o fio condutor num serão repleto de memórias, trazendo a palco o início do seu percurso, enquanto músico autodidata, não faltando o momento decisivo em que o seu pai, o jornalista Rocha Pato, entra em casa com José Afonso “porque era preciso uma viola para ele mostrar dois temas musicais”.
“Neste momento começou um reinado, que durou entre 1962 e 1969, em que eu fazia os arranjos e os acompanhamentos nos espetáculos. As primeiras 67 canções do Zeca Afonso foram arranjadas e gravadas por mim”, reforçou.
Ao recordar alguns dos episódios vividos com José Afonso, Adriano Correia de Oliveira ou Salgueiro Maia, o palestrante, ao destacar que viveu “numa época em que a cantiga era mesmo uma arma”, sublinhou: “A vivência que eu tive foi de uma riqueza brutal”.
À margem da iniciativa que contou a presença na audiência do 1º secretário da mesa da Assembleia Municipal, Carlos Lucas Correia, da 2ª secretária da mesa, Célia Craveiro, e dos membros da Assembleia Municipal, Celeste Duarte (CDU) e José António Serrano (PS), o vereador Décio Matias salientou: “É uma honra sermos brindados pela generosidade de Rui Pato e recebermos mais este grande momento cultural em Montemor-o-Velho”.
No final, Custódio Monteiro, na voz e viola, interpretou temas de Zeca Afonso e, para surpresa de todos, Rui Pato associou-se ao momento musical e mostrou o seu virtuosismo, acompanhando, à viola, a interpretação da “Canção de Embalar”.
As tertúlias regressam ao Teatro Esther de Carvalho no dia 11 de maio. Fernando Ramos apresenta o tema “Comemorações dos 45 anos do 25 de Abril”.
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