O ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, anunciou hoje o alargamento do Programa Valorizar para 100 milhões de euros, com o objetivo de qualificar a oferta para diversificar os destinos turísticos em Portugal.
“A BTL é também um projeto para fazermos um balanço em matéria de políticas públicas em matérias de turismo e podermos lançar novos produtos. Hoje mesmo lançámos um produto de apoio ao enoturismo e estamos em condições de anunciar o alargamento do Programa Valorizar. Vamos passar a contar com 100 milhões de euros, que alarga, portanto, o apoio anterior”, disse Pedro Siza Vieira, após a inauguração da BTL – Bolsa de Turismo de Lisboa, na FIL.
O Programa Valorizar visa, no geral, a capacitação e qualificação do produto turístico.
“O Programa Valorizar tem tido muito sucesso no apoio à qualificação da oferta e da estruturação de novos produtos turísticos. Já apoiou cerca de 112 milhões de euros de investimento no setor turístico e este alargamento para 100 milhões permite continuar o esforço de investimento das empresas no setor turístico e, sobretudo, qualificar a nossa oferta para diversificar os destinos turísticos em Portugal”, explicou o ministro.
Pedro Siza Vieira destacou, por outro lado, o programa para o enoturismo, que “está a conseguir captar um número cada vez mais significativo de turistas”.
“Julgo que foram mais de 2,2 milhões de turistas que o ano passado já tiveram acesso a programas de enoturismo e queremos que isso continue. É bom para a produção vinícola, é bom para o nosso turismo”, acrescentou o ministro.
Tal como a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, tinha afirmado antes à Lusa, o Governo lançou um plano de ação para o enoturismo que aposta na formação, qualificação do produto e divulgação para afirmar Portugal como um destino mundial de referência neste setor.
“O objetivo com este plano de ação é que Portugal seja um destino ‘must see’ (obrigatório ver) em termos de enoturismo”, declarou Ana Mendes Godinho.
A governante explicou que o plano se desenvolve em vários eixos: a qualificação do produto (restaurantes, alojamento, adegas ou produtores de vinho), formação e capacitação de pessoas, um calendário de eventos e organização de missões de jornalistas e operadores turísticos a Portugal, bem como a digitalização da oferta e criação de uma plataforma ‘on-line’ nacional.
Ana Mendes Godinho especificou que as ações de formação deverão começar no primeiro semestre deste ano, devendo abranger cerca de 1.600 pessoas que ficarão com formação específica nesta área.
O plano de ação envolve as entidades regionais de turismo, a ViniPortugal, a Associação de Municípios Portugueses do Vinho e a Associação das Rotas dos Vinhos de Portugal.
“Temos cerca de 2,2 milhões de visitantes por ano que já têm como motivação principal ou complementar o enoturismo e gastronomia, que estão muitas vezes associados”, referiu.
Questionada pela Lusa sobre o que se traduz em crescimento, a Ana Mendes Godinho afirmou que “a média tem sido de 10% ao ano”.
Os principais mercados emissores destes turistas para Portugal são o Reino Unido, Brasil, Estados Unidos da América e China.
Em todo o país existem cerca de 260 unidades de enoturismo e, em 2018, foram produzidos 1.870 artigos internacionais sobre esta temática.
A BTL começou hoje para os profissionais do setor, abrindo ao público na sexta-feira à tarde e até domingo, na FIL, por onde deverão passar mais de 70 mil visitantes, segundo a organização.