Medicamentos

42 mil portugueses querem “salvar as farmácias”

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 20-02-2019

 

Quarenta e dois mil portugueses já assinaram uma petição para “salvar as farmácias” em situação mais frágil, tornando obrigatória a sua discussão no plenário da Assembleia da República.

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Lançada pela Associação Nacional das Farmácias (ANF), a petição “Salvar as Farmácias, Cumprir o SNS”, que já ultrapassou largamente as 4.000 assinaturas necessárias para debate parlamentar, defende um programa legislativo dirigido ao setor farmacêutico, para evitar o fecho de farmácias em situação mais frágil.

“Os portugueses pedem aos deputados um pacote de medidas para evitar a falência de 25% das farmácias e para garantir a igualdade do direito à Saúde em qualquer ponto do território”, refere a ANF em comunicado divulgado hoje.

Neste momento, 679 farmácias enfrentam processos de penhora e insolvência, mais quatro do que no início do ano, adianta a ANF, que representa 2.750 farmácias.

De acordo com os dados da Associação Nacional de Farmácias a que a agência Lusa teve acesso, Aveiro tem em risco 30 farmácias, Beja tem 15, Braga 28, Bragança sete, Castelo Branco dez, Coimbra 34, Évora cinco, Faro 34, Guarda 18, Leiria 28, Lisboa 189, Portalegre 16, Porto 81, Santarém 45, Setúbal 63, Viana do Castelo 12, Vila Real 17, Viseu 30, Açores seis e Madeira 11.

O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, foi um dos primeiros subscritores, justificando que “o acesso dos doentes aos medicamentos está mais uma vez em risco. As farmácias estão em grandes dificuldades”.

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Segundo a ANF, a petição, cuja recolha de assinaturas foi iniciada há uma semana, será assinada na quinta-feira, na Farmácia Nova de Famões, em Odivelas, pela bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco, e pela bastonária da Ordem dos Farmacêuticos, Ana Paula Martins.

“A adesão dos mais altos representantes das profissões da saúde é para nós uma honra e uma responsabilidade”, afirma o presidente da Associação Nacional das Farmácias, Paulo Cleto Duarte, no comunicado.

Paulo Cleto Duarte adianta que “as farmácias querem trabalhar de forma cada vez mais articulada com médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde, para que cada português encontre sempre rapidamente a solução adequada aos seus problemas de saúde, quer viva nas grandes cidades ou nas aldeias mais isoladas”.

Segundo dados da associação, Portalegre, Guarda, Santarém e Setúbal são os distritos onde 30% ou mais das farmácias estão em risco.

A petição adianta que foram reportadas 64 milhões de embalagens de medicamentos em falta nas farmácias só no ano passado, afirmando que “a austeridade sobre o setor do medicamento não pode ser eterna”.

“É urgente salvar a rede de farmácias”, pede o texto da petição, que, segundo a ANF, supera a última petição nacional das farmácias realizada em 2014.

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