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António Costa afirma que moção do CDS “confirma” direita em minoria e sem alternativa

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 20-02-2019
 

O primeiro-ministro considerou hoje que a moção de censura do CDS-PP é um “ato falhado” contra o Governo, mas tem a “virtualidade” de confirmar que a direita está em minoria no parlamento e não dispõe de qualquer alternativa.

Estas posições foram assumidas por António Costa na abertura do debate da moção de censura do CDS-PP ao Governo, logo após a intervenção inicial da líder dos democratas-cristãos, Assunção Cristas

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Para o líder do executivo, a moção de censura apresentada pelo CDS-PP “tem uma e só uma virtualidade: confirmar que a direita permanece em minoria neste parlamento e que não dispõe de qualquer alternativa viável de Governo”.

“Trata-se por isso de um ato falhado contra a solução governativa que PS, BE, PCP e PEV foram capazes de construir em novembro de 2015 e que ainda esta semana o secretário-geral da [Angel Gurría] considerou “ser um modelo muito eficaz, muito interessante, quase uma exceção na Europa, onde os focos de instabilidade se multiplicam”, citou António Costa.

No plano político, de acordo com o primeiro-ministro, a anunciada rejeição da moção de censura do CDS-PP “reforça” a credibilidade internacional do Governo, “que a sustentada redução das taxas de juro expressa e o crescimento do investimento reconhece, mas, sobretudo, é motivo de tranquilidade para os portugueses que têm reafirmada a continuidade da mudança política iniciada há três anos e que desejam que possa prosseguir”.

“Esta moção nada tem, por isso, a ver com a disputa do Governo, mas tão só com a medição de forças na oposição. O artificialismo desta iniciativa fica aliás patente nos fundamentos da moção de censura, em que o CDS-PP se pretende apresentar como porta voz das lutas sindicais, que sempre combateu; campeão do investimento público, que sempre diabolizou; guardião do Serviço Nacional de Saúde (SNS), contra o qual votou e nunca desistiu de querer destruir”, acusou.

A moção de censura do CDS-PP ao Governo foi hoje ‘chumbada’ pelas bancadas do PS, BE, PCP, Verdes e PAN, contando com votos favoráveis dos democratas-cristãos e do PSD.

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Também o deputado não inscrito Paulo Trigo Pereira, eleito nas listas do PS em 2015, votou contra a moção de censura.

O anúncio da rejeição do texto do CDS-PP foi aplaudido de pé pela bancada socialista.

Ao longo de três horas e meia, o parlamento debateu hoje uma moção de censura do CDS-PP ao Governo, a segunda dos centristas em pouco mais de um ano e meio, centrada no “esgotamento” do executivo do PS, e intitulada “Recuperar o Futuro”.

Esta foi a 8.ª moção apresentada pelo CDS, partido recordista na censura aos governos, e a 30.ª a ser discutida na Assembleia da República em 45 anos de democracia, desde o 25 de Abril de 1974.

A moção já tinha voto contra garantido da maioria parlamentar de esquerda, que apoia o Governo – PS, BE, PCP e PEV -, ao qual se juntou o partido Pessoas-Animais-Natureza.

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