A líder do CDS apresentou hoje, no parlamento, a sua moção de censura para “dar voz” aos portugueses que estão saturados de um Governo que “a muitos enganou” com “a fábula do fim da austeridade”.
“Apresentamos esta moção de censura para dar voz a tantos portugueses que de norte a sul do país, do litoral ao interior estão saturados com um Governo que a muitos enganou com a fábula do fim da austeridade”, afirmou Assunção Cristas.
No discurso de abertura da moção de censura do CDS ao Governo, a segunda apresentada pelos centristas desde outubro de 2017, insistiu na acusação de que o Governo é “incompetente”, está “esgotado, desnorteado”.
E desafiou BE e PCP a apresentarem as suas próprias moções de censura, prometendo que o CDS também as votaria.
A moção de censura do CDS, anunciada na sexta-feira, foi justificada com “o esgotamento” do executivo, “incapaz de encontrar soluções” para o país e de só estar a pensar “nas próximas eleições”.
A moção de censura do CDS-PP ao Governo foi ‘chumbada’ pelas bancadas do PS, BE, PCP, Verdes e PAN, contando com votos favoráveis dos democratas-cristãos e do PSD.
Também o deputado não inscrito Paulo Trigo Pereira, eleito nas listas do PS em 2015, votou contra a moção de censura.
O anúncio da rejeição do texto do CDS-PP foi aplaudido de pé pela bancada socialista.
Ao longo de três horas e meia, o parlamento debateu hoje uma moção de censura do CDS-PP ao Governo, a segunda dos centristas em pouco mais de um ano e meio, centrada no “esgotamento” do executivo do PS, e intitulada “Recuperar o Futuro”.
Esta foi a 8.ª moção apresentada pelo CDS, partido recordista na censura aos governos, e a 30.ª a ser discutida na Assembleia da República em 45 anos de democracia, desde o 25 de Abril de 1974.
A moção já tinha voto contra garantido da maioria parlamentar de esquerda, que apoia o Governo – PS, BE, PCP e PEV -, ao qual se juntou o partido Pessoas-Animais-Natureza.