Coimbra

Laboratório para a economia circular em Oliveira do Hospital investe 11 milhões de euros

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 08-02-2019
 

O laboratório colaborativo para a economia circular, em Oliveira do Hospital, vai investir 11 milhões de euros e criar cerca de 45 posto de trabalho qualificado diretos e mais de 60 empregos indiretos.

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João Nunes, da BLC 3

Com sede no Campus de Tecnologia e Inovação BLC3, em Oliveira do Hospital, no interior do distrito de Coimbra, o Laboratório Colaborativo (CoLab) para a Economia Circular “apresenta um plano de investimento de 11 milhões de euros para os próximos cinco anos” e a criação de “mais de 45 postos de trabalho de emprego científico e qualificado diretos e mais de 60 indiretos”, anunciou hoje a BLC3, numa nota enviada à agência Lusa.

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A BLC3 – Campus de Tecnologia e Inovação é uma associação sem fins lucrativos, fundada em 2010, com um “novo modelo de desenvolvimento de atividades de investigação e intensificação tecnológica de excelência, incubação de ideias e empresas, e apoio ao tecido económico em regiões interiores e rurais”.

É a única entidade em Portugal “criada para o desenvolvimento e industrialização das biorrefinarias (segunda e terceira gerações) e da bioeconomia e ‘smart regions’, com uma aposta no conceito de economia circular”, de acordo com a página da BLC3 na internet.

O CoLab de Economia Circular, que vai desenvolver atividades em três plataformas tecnológicas – biotecnologia industrial, processos de sustentáveis de separação e química verde e ecodesign -, terá “impacto nas cadeias de valor da floresta, da agroindústria, dos resíduos urbanos, da água, da manufatura industrial, da construção e dos serviços, disse à agência Lusa João Nunes, presidente da BLC3.

Em termos técnico-científicos, acrescentou, irá desenvolver trabalho desde a biotecnologia até ao marketing e regulamentação, devido à multidisciplinaridade da economia circular.

Tendo como promotor líder a BLC3, o novo laboratório é desenvolvido em cooperação com empresas como Aquitex, Mota Engil, Lipor, Raiz (Grupo Navigator) e Têxtil Manuel Gonçalves e com entidades como Laboratório Nacional de Energia e Geologia, Instituto de Soldadura e Qualidade ou as universidades de Aveiro, Católica Portuguesa, de Coimbra, do Minho, Nova de Lisboa e do Porto.

O CoLab tem ainda a cooperação técnico-científica dos institutos politécnicos de Bragança e de Coimbra e do iBET (Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica), e a cooperação industrial e de mercado de entidades como o Cluster Smart Waste, Portugal Foods, COTEC e Plataforma Tecnológica Portuguesa da Construção.

No arranque do projeto existe já uma cooperação estabelecida com a Agência Portuguesa do Ambiente, área que será “uma das grandes prioridades de início de atividades” do laboratório sediado em Oliveira do Hospital.

O CoLab de Economia Circular pretende, adicionalmente, ser “uma resposta a problemas complexos e orientações políticas nacionais (por exemplo, o Plano de Ação para a Economia Circular, a Agenda de Investigação&Inovação para a Economia Circular 2030 e a Diretiva dos Resíduos) e internacionais”, como o Plano de Ação Europeu para a Economia Circular.

A economia circular é, de acordo com a BLC3, “um dos maiores desafios e paradigmas atuais, exigindo um conhecimento multidisciplinar e uma grande capacidade de resposta e de massa crítica devido à sua complexidade”, e uma das grandes apostas das políticas europeia e nacional.

Os laboratórios colaborativos são uma medida do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e têm como objetivo “o apoio ao nascimento e desenvolvimento de entidades/estruturas que promovam a cooperação entre o meio académico e empresarial, a criação de emprego científico e qualificado e a comercialização de conhecimento (um dos maiores problemas existentes em Portugal, relacionado com a reduzida capacidade de chegar com conhecimento ao mercado)”.

Os CoLab, num total de 21 reconhecidos em Portugal, estão orientados para “a resolução de problemas e valorização de oportunidades complexas, através de conhecimento e massa crítica, com a criação numa primeira fase de postos de trabalho altamente qualificados, científicos e dedicados a 100% para um mesmo objetivo e num relacionamento estreito entre as empresas e a academia, numa mesma estrutura que irá convergir pensamentos e ‘linguagens’”.

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