Desporto
Associação Académica de Coimbra rejeita incumprimentos com secção de basquetebol
O presidente da direção-geral da Associação Académica de Coimbra (AAC) negou hoje que tenha feito promessas à secção de basquetebol que não poderia cumprir, depois de a equipa ter faltado sábado ao jogo com a Oliveirense.
“Com a eleição da nova direção, encabeçada pelo João Bigotte, começámos um processo de reconstrução financeira e desportiva da secção e a AAC efetivamente apresentou-lhes um memorando, em que constavam medidas, não de austeridade, mas de controlo de gastos e, acima de tudo, de angariação de fundos segundo o cumprimento de prazos”, explicou hoje Ricardo Morgado, em conferência de imprensa.
O líder estudantil afirmou que a direção-geral “não tem capacidade, nem obrigação, de fazer empréstimos para suportar as dívidas das anteriores direções da secção e o mais importante é que nunca o prometeu fazer”.
“A secção para sobreviver terá de projetar um plano que assegure os seus gastos de forma sustentável”, sublinhou o presidente da AAC, mostrando-se, no entanto, sensível aos problemas financeiros da secção de basquetebol.
Segundo Ricardo Morgado, “nenhuma das partes está indiferente” ao problema, tendo ainda referido estão a ser reunidos esforços para que, sem maiores lesados, consigam manter uma equipa competitiva no campeonato.
O presidente da secção de basquetebol da Académica disse na segunda-feira à agência Lusa que a falta de comparência no sábado ao jogo com a Oliveirense, da quinta jornada da Liga portuguesa, se deveu a problemas financeiros.
João Bigotte salientou que a posição tomada numa reunião em que participaram jogadores e técnicos resultou do incumprimento de compromissos assumidos por parte da direção-geral da Associação Académica de Coimbra (AAC).
A secção de basquetebol da Académica atravessa graves problemas financeiros, somando um passivo que se situa entre os 250 e os 300 mil euros, de acordo com o seu presidente.
Na conferência de imprensa, o presidente da AAC, Ricardo Morgado, considerou ainda “inadmissíveis e infelizes” as declarações do presidente da Federação Portuguesa de Basquetebol, Mário Saldanha, que, à imprensa desportiva, disse que os jogadores “deram cartão vermelho” à direção-geral.
“Não entendemos porque o presidente da federação vem alimentar polémicas sobre o que não sabe”, referiu o dirigente, salientando que, em momento algum, a AAC, a direção da secção e os seus atletas “agiram em desacordo e nenhum episódio aconteceu à revelia de qualquer das partes”.
Ricardo Morgado garantiu ainda que a secção de basquetebol vai liquidar os pagamentos em atraso à federação, pedindo “apenas compreensão face à situação financeira”.
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