Desporto

Arganil é a verdadeira Catedral do Rally de Portugal. Garantia de Carlos Bica

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 04-02-2019

  O antigo piloto português Carlos Bica aplaude o regresso do Rali de Portugal aos troços da ‘catedral’ Arganil e a estreia dos WRC nos troços da região Centro.

Carlos Bica, natural da aldeia de Celavisa, no concelho de Arganil, foi o primeiro piloto a sagrar-se campeão nacional quatro vezes consecutivas, entre 1988 e 91, e mostrou-se entusiasmado pelo regresso da competição à ‘catedral’ dos ralis em Portugal.

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“Os de Fafe gostam muito de dizer que a ‘catedral’ é lá, mas, nos ralis, a ‘catedral’ de Portugal é Arganil e sempre o foi, desde o tempo do Londres – México [o rali maratona que em 1970 ligou os continentes europeu e americano]. E eu, no estrangeiro, quando digo que sou de Arganil, toda a gente fala do rali”, afirmou Carlos Bica, de 60 anos, em declarações à Lusa.

Carlos Bica assumiu a satisfação com o regresso do Rali de Portugal à zona centro: “Fiquei muito contente quando chegou a confirmação de que o rali volta a Arganil, foi muito bom o ACP [Automóvel Club de Portugal, organizador da prova], ter deslocado o rali um bocadinho mais para sul, onde tudo começou, onde as pessoas começaram a ficar fãs dos ralis e a poder recordar, pelo menos, o que se passava antigamente”.

Bica começou por ser copiloto e chegou ao volante em 1980, dividindo, até 1992, a paixão pelos automóveis com a empresa familiar de construção. Viveu mais de 20 anos no Algarve e há quatro anos regressou à zona de Lisboa.

“Conheço muitas pessoas que me dizem que não vão ao rali há muitos anos e que desde que souberam que vai voltar a Arganil estão a organizar-se para ir, como antigamente”, observou.

O Rali de Portugal ocupava os sonhos de Carlos Bica em criança, queria fazer pelo menos um acabou a fazer dez – terminou em segundo em 1986, ao volante do emblemático Lancia 037 e, em 1990, foi piloto semioficial da marca italiana. Para o antigo piloto, o regresso às classificativas de terra da zona Centro, os troços agendados para Arganil, Góis e Lousã na primeira etapa “serão novos” para todos os pilotos de topo do Mundial de ralis.

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“Vai ser sempre bom porque vai ser novo para todos, dos pilotos do Mundial nenhum deve ter feito Arganil. É evidente que às vezes fazem testes, mas depois [na prova] é que se vê. Agora, também não é como no nosso tempo, que passávamos [nos troços] as vezes que quiséssemos a treinar, agora só podem passar duas vezes, uma a tirar notas e outra a confirmar. E em Arganil era preciso conhecer muito bem para se poder andar depressa, porque há coisas que parecem muito iguais e depois não são”, avisou Carlos Bica.

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