Governo
Ministro diz em Coimbra que nova orgânica da Proteção Civil reforça rigor no uso de dinheiro público
O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, sublinhou hoje, em Coimbra, que a nova orgânica da Proteção Civil vai reforçar o rigor e a transparência no uso de dinheiros públicos.
A afirmação do ministro surge após a divulgação de um relatório da Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) que aponta para disparidades entre os pedidos de pagamentos sobre o fornecimento de refeições dirigidos à Autoridade Nacional de Proteção Civil pelas corporações de bombeiros e o número de operacionais, referenciados como presentes no teatro de operações na fita do tempo do incêndio que deflagrou nos concelhos da Sertã, Proença-a-Nova e Mação em julho de 2017.
Eduardo Cabrita salientou que a situação mudou em 2018 e que, nesse ano, “esse acompanhamento já ocorreu com bastante mais eficácia”.
“A nova orgânica da Proteção Civil permitirá reforçar a relação com os bombeiros, que são a coluna vertebral do nosso sistema de Proteção Civil, e permitirá também aí ter transparência e rigor na utilização de dinheiros públicos”, disse o ministro.
O governante falava aos jornalistas no final da conferência “Segurança Urbana – Os Municípios e a Proteção do Espaço Público”, que decorreu no Convento São Francisco, em Coimbra.
Sobre a logística no fornecimento de refeições em ocorrências, assegurou que o executivo está a trabalhar “para ter as melhores respostas”.
Questionado sobre as conclusões do relatório que analisou o incêndio que deflagrou na Sertã, Proença-a-Nova e Mação, Eduardo Cabrita realçou que o inquérito conclui “pela necessidade da coordenação [do combate a fogos] a nível regional e que não há incêndios distritais”.
“Só isso permite uma resposta mais capaz. Foi isso que tivemos em 2018 em Cascais e em Monchique. O inquérito mostra que, na reforma da Proteção Civil, estamos no caminho certo e, por isso, nas próximas semanas, iremos concluir esse processo”, afirmou.
A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) admitiu, na sexta-feira, suspender a colaboração com a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) em relação ao fornecimento de refeições aos bombeiros durante o combate aos incêndios, face às conclusões do relatório do IGAI.
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