Coimbra
ESTeSC integra equipa luso-brasileira que desenvolve tratamento inovador para feridas de pele
Um consórcio luso brasileiro de investigação, do qual fazem parte quatro docentes da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra (ESTeSC), está a desenvolver um tratamento inovador para feridas da pele provocadas pela diminuição de circulação sanguínea – denominadas úlceras de pressão.
O projeto, que obteve financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA), estende-se até junho de 2020.
Até 7 de fevereiro, a equipa de trabalho está reunida em Coimbra, para realizar as primeiras análises laboratoriais.
As úlceras de pressão são habitualmente tratadas com hidrocolóides – pensos que fazem a regeneração da pele e que são produzidos com “material de alto custo”, explica Ana Angélica Macêdo, coordenadora do projeto e docente do Instituto Federal do Maranhão (IFMA), no Brasil. O objetivo do consórcio passa por encontrar uma solução mais económica, através da extração de polissacarídeo da semente Adenanthera pavonina L., acrescenta a investigadora. Só no final da investigação será possível quantificar a poupança que este método representa, mas a utilização de “material vegetal biodegradável, abundante e de baixo custo” permite antecipar que os custos de produção serão reduzidos comparativamente aos métodos existentes.
“O objetivo principal, é que, no final, tenhamos um produto inovador e eficaz para úlceras de pressão para patentear e comercializar”, assume Ana Angélica Macêdo. Para o conseguir, o projeto “Preparação e Caracterização de Hidrocolóide obtido a partir de Galactomanana Reticulada para Aplicações em Úlceras de Pressão” reúne uma equipa de especialistas multidisciplinar, composta por três docentes brasileiros (do IFMA e da Universidade Federal do Maranhão), cinco estudantes bolseiros provenientes das instituições brasileiras e quatro docentes da ESTeSC: Ana Paula Fonseca e Jorge Balteiro (Departamento de Farmácia), Fernando Mendes (Ciências Biomédicas Laboratoriais) e Filipe Amaral (Ciências Complementares).
“Complementado os recursos existentes nas diferentes instituições de ensino superior, a investigação é mais célere e produtiva”, nota Fernando Mendes, justificando assim a parceria entre a ESTeSC e as instituições brasileiras. Este consórcio “carateriza bem a investigação científica nos dias de hoje: multidisciplinar e transnacional, com diferentes conhecimentos, competências e aptidões a trabalharem em conjunto para encontrar soluções para problemas na área da saúde, e com forte impacto no individuo e na sociedade”, remata.
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