Coimbra

AAC e Inatel de Coimbra assinalam em parceria os 50 anos da crise académica de 1969

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 21-01-2019
 

 

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  A Associação Académica de Coimbra (AAC) e a Fundação Inatel vão organizar um conjunto de iniciativas para assinalar os 50 anos da crise académica de 1969, foi hoje anunciado.

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“Vamos cooperar em conjunto para respondermos ao desafio de executar um programa impactante e marcante em Coimbra e a nível nacional”, salientou à agência Lusa Bruno Paixão, diretor da Fundação Inatel em Coimbra.

As iniciativas vão realizar-se em Coimbra e Lisboa e, apesar de ainda não estarem totalmente definidas, vão incluir uma exposição de cartazes e fotos que “possam narrar os acontecimentos”, uma recriação dos episódios registados e um jogo de futebol com as tarjas exibidas no período crítico.

A preparação das comemorações teve início hoje com uma reunião no Porto entre o presidente da AAC e o responsável da Fundação Inatel em Coimbra com Alberto Martins, que em 1969 era o presidente da direção-geral da AAC.

“É uma comemoração fundamental que não pode ser esquecida, por ser algo que mudou a nossa sociedade. Se hoje temos um ensino para todos e democrático devemos muito à direção-geral de há 50 anos”, disse o atual presidente da AAC, Daniel Azenha.

Nesta organização conjunta, a AAC e a Fundação Inatel Coimbra pretendem envolver diversas entidades, como a Presidência da República e o município de Coimbra, numa comissão “inclusiva alargada, que, no fundo, faça todas as ligações com a sociedade”.

A crise estudantil começou no dia 17 de abril de 1969, quando na inauguração do edifício das Matemáticas não foi permitido ao presidente da AAC de então, Alberto Martins, usar da palavra depois de a ter pedido.

A cerimónia terminou abruptamente e Alberto Martins foi detido nessa noite, dando origem a uma forte contestação estudantil, que incluiu diversas iniciativas, entre elas várias manifestações e greve aos exames.

Na sequência daquele episódio, o ministro da Educação de então, José Hermano Saraiva, e o reitor da Universidade de Coimbra, acabaram por se demitir dos cargos.

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