O Governo iniciou hoje mais uma ronda negocial no âmbito da revisão da carreira de enfermagem com as estruturas sindicais do setor – CNESE, FENSE, ASPE e SINDEPOR.
Tendo como objetivo uma aproximação às reivindicações dos enfermeiros, o Governo aceita uma estrutura de carreira com três categorias, entre as quais a categoria de enfermeiro especialista. Para esta categoria, com início na posição remuneratória 18 (1355,96 euros), transitarão, automaticamente, todos os enfermeiros que detenham o título de especialista e desempenhem as respetivas funções.
O Governo propõe ainda a transição das categorias subsistentes de enfermeiro-chefe e supervisor para a nova carreira na categoria de enfermeiro-coordenador, pondo fim a uma situação de indefinição que perdura desde 2009.
PUBLICIDADE
Adicionalmente, o Governo assume o descongelamento das progressões na carreira para todos os enfermeiros – seja em contrato de trabalho em funções públicas ou contrato de trabalho (CT). Assume também a contagem de 1,5 pontos por ano, desde 2004, e de 2 pontos por biénio, a partir de 2015, nos termos da lei.
Em comunicado enviado a Notícias de Coimbra, o Governo reafirma o seu empenho na melhoria das condições de trabalho e de remuneração da classe profissional, sempre norteado por princípios de sustentabilidade das escolhas financeiras e de equidade no tratamento das diversas profissões.
Entre as reivindicações dos enfermeiros, que não foram acolhidas, incluíam-se ainda aumentos salariais, com início da carreira no salário de 1613,42 euros, com um impacto financeiro estimado em 216 milhões de euros, e idade da reforma aos 35 anos de serviço e aos 57 anos, com um impacto financeiro estimado de 230 milhões de euros.
A atual carreira de enfermagem foi revista em 2009 e os enfermeiros reposicionados nos anos de 2011, 2012 e 2013, passando de uma remuneração de 1020,06 euros para 1201,48 euros, mesmo durante o período de assistência económico-financeira. Este salário passou a aplicar-se aos enfermeiros em CT em 2015.
Recorde-se que, desde o início da legislatura, foi adotado um conjunto de medidas que reforçam o número de enfermeiros no Serviço Nacional de Saúde (mais 4100 até novembro de 2018) e que dignificam as condições de exercício profissional.
Entre outras, foi realizada e alargada aos CT a reposição do regime de trabalho das 35 horas semanais e reposta a majoração das horas extraordinárias e por trabalho prestado à noite e aos fins-de-semana. Este conjunto de medidas teve um impacto superior a 200 milhões de euros.
O Ministério da Saúde continua a reforçar o número de efetivos nos serviços de saúde. Recentemente, foi anunciado um primeiro reforço de enfermeiros para 2019, através da contratação sem termo de 450 profissionais.
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
You must be logged in to post a comment.