O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, destacou hoje o “relevo do primeiro-ministro”, António Costa, no xadrez europeu e a estabilidade política do Governo como fatores que permitiram o reforço significativo do “peso de Portugal” na Europa.
Na cerimónia de cumprimentos de Ano Novo dos chefes de missão, embaixadores e cônsules-gerais de Portugal acreditados junto de vários Estados e organizações internacionais, que decorreu hoje no Antigo Museu Nacional dos Coches, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa avisou ainda que “qualquer que seja o veredicto eleitoral” das legislativas deste ano, “a política externa portuguesa é e continuará a ser, no essencial, a mesma”.
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“No plano europeu, o peso de Portugal reforçou-se significativamente pela sensatez das políticas e dos resultados financeiros, pela liderança do Eurogrupo, pelo relevo do primeiro-ministro no xadrez europeu, xadrez esse complexificado nos últimos meses, e até pela estabilidade política, fazendo do chefe do Governo português um dos seis ou sete mais antigos da União Europeia no curto lapso de três anos”, elogiou.
Segundo o chefe de Estado, “não é fruto do acaso a intensíssima e coordenada atividade externa do Presidente da República, do primeiro-ministro e do ministro dos Negócios Estrangeiros, envolvendo em 2018 encontros com todas as principais potências globais e seus líderes”.
Para Marcelo Rebelo de Sousa, “em democracia tem sido exemplar a continuidade da política externa” portuguesa, destacando que “não depende de presidentes, de parlamentos, de governos de cada momento” e que, “no essencial, não muda”.
Para além da continuidade, “não menos essencial” para o Presidente da República em matéria de política externa é a sua unidade, enaltecendo que “todos os órgãos de soberania fazem questão de respeitar essa unidade”.
“Nela assume especial acuidade a condução una da política externa pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, ultrapassando fórmulas de outros idos em que fronteiras orgânicas ou protagonismos funcionais ou pessoais, ainda que com boa vontade ou talento, dispersavam diligências e recursos ou fomentavam atuações paralelas”, comparou, ainda que sem referir nomes.
O chefe de Estado testemunhou “como tem sido constante e excelente a convergência de visões, de discursos e de sensibilidade em casos concretos” do atual Governo liderado por António Costa com o Presidente da República.