Câmaras
Novo Presidente da Câmara de Viseu diz que nova direção da ANMP tem desafios muito complexos
O presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques (PSD), considerou hoje que a próxima direção da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), da qual deverá fazer parte, tem “desafios muito complexos” pela frente.
Em declarações aos jornalistas, Almeida Henriques confirmou que, no congresso de sábado, deverá ser eleito vice-presidente da ANMP, o que encara como “um excelente desafio”.
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A reforma do Estado é um dos dossiês que considera mais importantes, por entender que “as câmaras não podem ser arredadas”.
“É fundamental definir-se o que é que queremos de serviços mínimos. Que serviços queremos manter nas freguesias, nos concelhos e nas comunidades intermunicipais”, sublinhou o autarca.
Por outro lado, defendeu que deve ser definido que aquilo “que pode ser tratado por proximidade não deve ser tratado de uma forma central”.
“Aquilo a que temos assistido ao longo dos últimos anos, desde o 25 de Abril, é que cada vez há uma maior centralização dos serviços em Lisboa. Ora, não podemos encontrar a cura à custa dos territórios”, realçou.
Almeida Henriques referiu que “é preciso continuar a salvaguardar os territórios do ponto de vista dos serviços de proximidade e, em algumas circunstâncias, passando competências para as próprias autarquias que podem assumir responsabilidades que eram da administração central”.
Outro desafio que se coloca à nova direção da ANMP é, na sua opinião, “manter uma perspetiva de concertação entre os vários presidentes de câmara, independentemente do partido, em prol dos territórios”, o que considera ter sido conseguido no passado.
Esgotar o atual quadro comunitário de apoio e “preparar o próximo, assegurando que muitas das verbas tenham de ser alocadas numa lógica de proximidade” são outras questões a tratar.
“Estamos a falar de dossiês muito importantes que se irão tratar durante estes próximos quatro anos e que me motivam muito para este trabalho acrescido que vou ter de representar os municípios e de assumir esta vice-presidência da ANMP”, acrescentou.
Almeida Henriques sublinhou ainda o “peso que a região Centro vai ter no domínio da gestão autárquica”.
“Tenho uma relação, para além de institucional, pessoal, muito boa, quer com o presidente da câmara de Aveiro, quer com o da Guarda, somos amigos de longa data. O próprio presidente da Câmara de Coimbra é uma pessoa com quem já me relaciono há muitos anos”, contou.
A ANMP elege no congresso de sábado Manuel Machado (Coimbra) como seu presidente e os restantes novos dirigentes, depois das eleições autárquicas de setembro, que fizeram do PS o partido a gerir o maior número de Câmaras.
Na composição do futuro Conselho Diretivo (eleito pelo método de Hondt), o PS deverá passar a ter nove representantes (contra os atuais oito), o PSD baixará de oito para seis e o PCP aumentará de um para dois membros. O novo presidente da ANMP será, assim, um autarca socialista, tendo o PS já indicado o presidente de Coimbra, Manuel Machado.
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