Coimbra
Adaptação do Mosteiro de Lorvão a fins turísticos implica investimento de 6 Milhões
A transformação do Mosteiro de Lorvão, em Penacova, numa unidade hoteleira com 90 quartos, no âmbito do programa Revive, implica um investimento de seis milhões de euros pelo concessionário, foi hoje anunciado.
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Ao intervir na cerimónia de lançamento do concurso público internacional para a concessão, a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, salientou que se trata de “uma oportunidade única para atrair investidores”.
Os privados, ao assumirem a gestão de parte do imóvel medieval, são desafiados a “reinventarem o uso deste espaço” por um período de 50 anos.
“Não baixamos os braços” enquanto em Portugal existir “património fechado e sem uso”, afirmou Ana Mendes Godinho, numa sessão na sala do cadeiral do coro baixo da igreja do Mosteiro de Santa Maria de Lorvão, em que também participou a secretária de Estado da Cultura, Ângela Ferreira.
Ficam de fora da concessão a igreja, o espaço reservado a um projeto museológico e uma parte destinada, eventualmente, a ser usada pela Câmara Municipal de Penacova e por coletividades, disse o presidente da autarquia, Humberto Oliveira.
Sobre o mosteiro, com uma área florestal e agrícola de quatro hectares, será para “uso comum” da futura unidade hoteleira e das outras entidades, bem como para fruição pública, segundo Ana Mendes Godinho.
A adaptação do Mosteiro de Lorvão a fins turísticos “deve ser encarada como um projeto para o desenvolvimento económico” do concelho de Penacova, no distrito de Coimbra, realçou, por sua vez, a secretária de Estado da Cultura.
Humberto Oliveira expressou o desejo de que a concessão venha a “contribuir para o desenvolvimento cultural e turístico” do município e da região.
No século XX, de acordo com uma nota distribuída aos jornalistas, “todo o imóvel foi requalificado para acolher” o Hospital Psiquiátrico de Lorvão, que deixou de funcionar nesta década, quando diversas unidades de saúde da região deram origem ao Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).
O Mosteiro de Lorvão é um dos 33 imóveis abrangidos pelo Revive, um programa que envolve os ministérios da Economia, Cultura e Finanças e as autarquias.
Ana Mendes Godinho referiu que este é o 14.º concurso público lançado no âmbito do Revive, que visa “valorizar e recuperar o património sem uso, reforçar a atratividade dos destinos regionais e o desenvolvimento de várias regiões do país”, como explica o documento conjunto das duas secretárias de Estado.
Os candidatos ao concurso, lançado na sexta-feira, podem apresentar propostas até 08 de maio de 2019.
Assistiram à cerimónia o presidente da Turismo Centro de Portugal, Pedro Machado, a diretora regional de Cultura do Centro, Celeste Amaro, e o presidente do CHUC, Fernando Regateiro, entre outros convidados.
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