Coimbra
Presidente da República avisa jovem jornalista de Coimbra que “a missão é muito difícil” e “é preciso estar-se apaixonado”
O Presidente da República alertou hoje em Coimbra uma jovem jornalista de 21 anos, que se está a iniciar na profissão, para a dificuldade da missão, argumentando que é preciso estar-se apaixonado para a desempenhar.
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“É preciso estar-se apaixonado por essa missão, porque a missão é muito difícil. É muito difícil porque é muito exigente, porque não tem horas, porque puxa pelo próprio e puxa pelos familiares, altera o resto da vida, é uma vocação a 100%, 24 horas por dia”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, citado pela agência Lusa.
Bárbara Figueiredo, que desde há cerca de um mês é correspondente do Jornal de Notícias (JN) no distrito de Coimbra e estagiou este ano na editoria Sociedade na agência Lusa, acompanhou a deslocação do chefe de Estado à associação Acreditar, onde Marcelo Rebelo de Sousa reencontrou uma menina de 12 anos, hoje cumpridos, que ficou gravemente ferida nos incêndios de outubro de 2017 na região centro.
O Presidente da República, depois de lembrar que foi jornalista “noutros tempos, quando era novo”, frisou que estes profissionais nunca sabem quando têm de estar disponíveis e “há quem aguente e quem não aguente”.
“E para se aguentar, tem de ser uma grande paixão”, enfatizou Marcelo Rebelo de Sousa.
“Eu tenho”, respondeu Bárbara Figueiredo, que à Lusa considerou que o jornalismo “no geral, é um ato de amor”.
O Presidente da República acabou por tirar uma ‘selfie’ com a jovem jornalista, intitulando a fotografia “a ‘selfie’ da Benjamim”. E, dirigindo-se à jovem, notou: “E muitas vezes não vai ter tempo para se produzir como hoje está produzida, telefonam-lhe e sai a correr como está”, brincou o chefe de Estado.
Já sobre Leonor, a menina que hoje reencontrou em Coimbra – que sofreu queimaduras graves e perdeu a mãe no incêndio na zona de Oliveira do Hospital em outubro de 2017 – Marcelo Rebelo de Sousa destacou o percurso de recuperação “notável” da criança “só possível pelo apoio hospitalar” e depois pelo acolhimento na associação Acreditar, localizada junto às instalações do Hospital Pediátrico.
“Quer do ponto de vista físico, quer psicológico, que é mais complicado que o físico, é uma viragem impressionante. Agora está a transformar-se numa mulherzinha, com outros horizontes, tem de recuperar o estudo, o tempo perdido no estudo. Mas o fundamental é que conseguiu dar a volta por cima”, concluiu o chefe de Estado.
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