Empresas
Pina Prata afirma que Governo esqueceu empresas e aumentou impostos
O interior do país e as empresas foram esquecidas no Orçamento do Estado para 2019, registando-se um aumento de impostos por via indireta, acusou hoje a NERC – Associação Empresarial da Região de Coimbra.
“Mais uma vez as empresas são esquecidas e há um aumento de impostos por via indireta, e para as empresas nem a estabilidade fiscal é atingida”, acusa o presidente da NERC, Horácio Pina Prata, sublinhando falar em nome da associação.
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O líder da Associação Empresarial da Região de Coimbra refere que “as taxas e ‘taxinhas’ espalham-se a uma velocidade assustadora tal como acontece nas comissões dos bancos”, situação que, na sua opinião, “distorce as escolhas dos agentes económicos, e portanto, constitui um entrave” ao bom funcionamento da economia.
“Como é possível o aumento da tributação autónoma dos veículos em posse das empresas, sabendo que é no Interior que as empresas precisam de afetar mais recursos para deslocações em viaturas/vendas”, pergunta Pina Prata.
Para o líder da NERC, o OE2019 é uma “oportunidade perdida para estimular as empresas e para valorizar o interior e o apoio à atração de investimento nacional e estrangeiro por essa via”.
Pina Prata faz votos para que o novo ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, “”tenha mais força do que os anteriores para bater o pé às Finanças”, e que saiba dinamizar a economia e o apoio às empresas no interior do país, atraindo investimento para as regiões que precisam de dinamização e apoio ao emprego.
“Onde estão no Orçamento do Estado ações e medidas concretas do efeito do pacote de descentralização nas regiões do interior? Porque continuamos com um estado centralista de apoio a Lisboa e Porto no seu dia-a-dia. Será que são só as famílias de Lisboa e Porto a ter passes mais baratos para os transportes?”, questiona Pina Prata.
O líder da NERC considera insuficientes algumas medidas previstas no OE2019, nomeadamente a redução do IRC para as empresas no interior do país. “Precisamos dum orçamento de mobilização de pessoas para o interior com uma política drástica de redução do pagamento de IRS para quem trabalhe e se fixe no interior, já que as empresas precisam de ‘pessoas'”, conclui.
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