Coimbra
Região de Coimbra satisfeita por Bruxelas manter aposta numa Europa de regiões
O presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra, João Ataíde, mostrou-se hoje satisfeito com a perspetiva de a Comissão Europeia continuar a olhar para a Europa numa perspetiva das regiões.
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“A Comissão Europeia estabelece a necessidade de criar maior coesão e ficámos a saber que os Estados-membros podem nos regulamentos internos fazer uma discriminação positiva das zonas menos desfavorecidas”, disse o responsável.
João Ataíde falava à agência Lusa, em Bruxelas, onde se deslocou com uma comitiva de 16 dos 19 autarcas da CIM Região de Coimbra, que recebeu, na segunda-feira, o título de Coimbra Região Europeia da Gastronomia 2021, atribuído pelo Instituto Internacional de Gastronomia, Cultura, Artes e Turismo, na embaixada da Eslovénia.
Numa das várias reuniões realizadas na terça-feira e hoje de manhã, o presidente da CIM Região de Coimbra considerou que existe um “grave problema de coesão e com a sustentabilidade” dos territórios de baixa densidade.
Segundo o responsável, que é também presidente do município da Figueira da Foz, os autarcas daqueles territórios “vivem com graves problemas para sustentar as políticas públicas” nos respetivos municípios.
Num balanço às reuniões realizadas com responsáveis de várias áreas da Comissão Europeia, João Ataíde mostrou-se satisfeito com algumas das respostas dadas, que deram um “sinal importante de otimismo e esperança”.
“A Comunidade Europeia tem de estar para os países e as regiões como as CIM estão para os concelhos”, frisou João Ataíde, que salientou a importância do projeto europeu no desenvolvimento de Portugal e das suas regiões.
Apesar de não estar previsto a criação de um plano operacional regional para regiões de baixa densidade, como a CIM defende, o eurodeputado português José Manuel Fernandes, coordenador dos orçamentos da Comissão Europeia, disse hoje de manhã que os países membros podem nos regulamentos internos favorecer o “crescimento” dessas regiões.
“É muito positivo que possa haver essa discriminação positiva nessas áreas, para a qual já fizemos sucessivos apelos”, salientou.
No domínio da Proteção Civil, o presidente da CIM manifestou também a sua satisfação por a Comissão Europeia estar a criar uma “partilha de serviços e meios de combate às catástrofes”, como os incêndios florestais que afetaram a região Centro de Portugal em 2017, “apesar de ainda ser incipiente”.
A comitiva da CIM Região de Coimbra participou em sessões sobre o futuro da Europa e o trabalho do gabinete do presidente Jean-Claude Juncker, o quadro financeiro da União Europeia, a Política Agrícola Comum e a política regional da União europeia.
Além da participação na cerimónia de atribuição do título Coimbra Região Europeia da Gastronomia 2021, a visita teve como objetivos aproximar a União Europeia dos cidadãos, conhecer a atualidade, a história europeia e perceber como funciona a Comissão Europeia e o Parlamento Europeu.
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