Coimbra

 Vários hospitais do Centro sem cirurgias programadas

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 10-10-2018

 

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 A greve dos enfermeiros levou a que hoje não se tivessem realizado cirurgias programadas nos hospitais de Tondela, Viseu, Lamego e Figueira da Foz e na Maternidade Daniel de Matos, de Coimbra, segundo informações prestadas por dirigentes sindicais.

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No distrito de Coimbra, os blocos operatórios da Maternidade Daniel de Matos e do Hospital Distrital da Figueira da Foz registaram uma adesão de 100% à greve, disse à agência Lusa Paulo Anacleto, da secção regional do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP).

Nos vários blocos operatórios de Celas a adesão à greve foi de 78,5% e nos do edifício central dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC) de 80%, acrescentou.

O dirigente sindical afirmou ainda que no hospital dos Covões a adesão foi de 45% e no Hospital Pediátrico de 70%, desconhecendo os números relativos à Maternidade Bissaia Barreto e ao Instituto Português de Oncologia.

“As situações de urgência são sempre garantidas, mas não são feitas as cirurgias programadas”, esclareceu Paulo Anacleto, exemplificando que, “no bloco operatório central dos HUC, de manhã, houve 18 cirurgias canceladas”.

No que respeita às cirurgias de ambulatório, também “houve muitas que não se fizeram”, não dispondo, no entanto, de números específicos.

No distrito de Viseu, todos os blocos operatórios registaram uma adesão de 100% à greve, nomeadamente nos hospitais de Tondela, Viseu e Lamego, disse à Lusa Alfredo Gomes, do SEP.

De acordo com o dirigente sindical, “em Tondela e em Lamego, os blocos não trabalham com urgência, só fazem cirurgia programada e, portanto, estão completamente parados”.

“No caso do hospital de Viseu, como o bloco trabalha com as urgências, a cirurgia programada está toda parada, mas estão a fazer a cirurgia de urgência”, acrescentou.

Alfredo Gomes explicou que, atendendo à adesão a 100%, “a cirurgia de ambulatório está toda parada nos três sítios, porque é uma cirurgia programada”.

No distrito de Castelo Branco, a dirigente sindical Conceição Rodrigues disse à Lusa não dispor de números concretos relativamente aos blocos operatórios dos dois hospitais.

“Os blocos operatórios da Covilhã e de Castelo Branco estarão a fazer muito poucas intervenções programadas, face ao número de enfermeiros disponível”, afirmou.

Os enfermeiros iniciaram hoje o primeiro de seis dias de greve para exigir ao Governo que apresente uma nova proposta negocial da carreira de enfermagem que vá ao encontro das expectativas dos profissionais e dos compromissos assumidos pela tutela.

Com início às 08:00, a greve realiza-se hoje exclusivamente nos hospitais (blocos operatórios e cirurgia de ambulatório) e na quinta-feira em todas as instituições de saúde do setor público que tenham enfermeiros ao serviço, segundo o pré-aviso de greve.

A paralisação nacional repete-se nos dias 16, 17, 18 e 19 de outubro, dia em que está marcada uma manifestação em frente ao Ministério da Saúde, em Lisboa, para exigir do Governo o cumprimento dos compromissos que assumiu mo processo negocial de 2017.

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