Cidade
Lusa e RTP em negociações para partilha de instalações em Coimbra
A Lusa informou hoje ter pedido à RTP para que jornalistas da agência noticiosa, nomeadamente correspondentes locais, usem as instalações da estação pública em cidades como Coimbra, Braga, Faro e Évora, estando a decorrer negociações.
“Propus ao presidente da RTP [Gonçalo Reis] para que, em locais onde a estação tem instalações, nos possa ceder” um espaço para correspondentes, afirmou o presidente do Conselho de Administração da Lusa, Nicolau Santos.
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Em causa estão, por exemplo, jornalistas que trabalham para a Lusa em certos sítios do país, nos quais a agência não tem espaço físico, acabando por fazê-lo a partir de casa, “sem local para receber fontes”, explicou o responsável, que falava na comissão parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto.
Nicolau Santos precisou que o processo referente às instalações de Coimbra está avançado, e aguarda resposta sobre Braga, Faro e Évora.
A Lusa, que teve delegações na Rua das Padeiras e na Avenida Fernão de Magalhães, não possui instalações em Coimbra desde 2010.
“Não podemos fazer o mesmo trabalho [que a RTP], mas em matéria de compartilhar instalações ou mesmo algum tipo de serviço é possível avançar”, referiu.
Na ocasião, o presidente da Lusa foi também questionado sobre o Programa de Regularização Extraordinária de Vínculos Precários (PREVPAP), e referiu que “só no fim da linha é que a administração intervém”.
“Nós acataremos a decisão final que nos for dada. A Direção de Informação é que tem de avaliar as pessoas”, indicou.
Ainda assim, a administração da Lusa será ouvida no âmbito deste processo pela comissão de avaliação bipartida, em outubro.
Ao todo, foram 47 os jornalistas da agência que se inscreveram no PREVPAP.
“Grande parte deles serão precários, mas não sei se todos serão”, afirmou Nicolau Santos.
A estrutura acionista da Lusa foi outro dos temas abordados pelos deputados na comissão parlamentar.
O Estado é o acionista maioritário, detendo 50,14% das ações, seguindo-se o grupo Global Media (23,36%) e a Impresa (22,35%), entre outros órgãos de comunicação social, com participações abaixo de 3%.
Sobre esta questão, Nicolau Santos disse que “os privados não querem participar na agência”, pretendendo ainda vender tais ações.
“Dizem que foram enganados porque se falou numa privatização da Lusa e ficaram com o dinheiro empatado”, adiantou.
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