Coimbra

Estudos de 1992 e 2005 não apontavam para aeroporto internacional no aeródromo municipal de Coimbra!

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 26-09-2018

Notícias de Coimbra está em condições de divulgar os estudos invocados por Manuel Machado quando prometeu transformar o aeródromo municipal em aeroporto internacional de Coimbra.

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Recordamos que o Presidente da Câmara Municipal de Coimbra “escondeu” estes papeis até ao inicio desta semana, não os divulgando foi notificado .

Os estudos de 1992 e 2005 só apareceram depois de Manuel Queiró, a quem o município comprou outro estudo, ter descartado a hipótese da criação de um aeroporto internacional no aeródromo municipal Bissaya Barreto.

O documento de 1995 indica que a pista com 920 metros poderia ser prolongada para os 1225 metros, mas para estrutura ficar com essa dimensão seria necessário construir taludes.

O projecto de 2005 destaca a impossibilidade de aterragem ou descolagem de “aviões a jacto”, que precisam de uma pista de 2000 metros, mas para ter essa dimensão teria de mexer com a vida de  aldeias vizinhas! Implicaria a movimentação de 10.000.000 m3 de terras, o que custaria 25.000.000 de Euros.

Manuel Machado  disse em 28 de setembro de 2017 que “a partir dos 1500 metros, os aviões típicos dos voos “charter” e das companhias “low cost” aterram e descolam sem problemas”, previsão não confirmada por especialistas.

Manuel Queiró, a quem a autarquia de Coimbra contratou um estudo sobre a futura infraestrutura aeroportuária,  também descartou a hipótese de ela se situar no aeródromo municipal Bissaya Barreto, como anunciado há um ano pelo presidente da Câmara Manuel Machado, aquando da apresentação da sua recandidatura autárquica.

“Vamos esquecer Cernache se queremos uma estrutura ambiciosa”, argumentou o autor Manuel Queiró – cujo relatório final será entregue à autarquia nos próximos 15 dias – argumentando que para aumentar a pista para os 1.200 metros seria necessário gastar “dezenas de milhões” de euros.

Ao invés, Manuel Queiró propôs que, numa primeira fase, se opte por um aeródromo do tipo III “suportado por muitas autarquias e talvez regiões”, capaz de receber voos internacionais no interior do espaço Schengen e uma pista de dois mil metros de extensão.

Manuel Queiró acabou por o situar “na fronteira entre Coimbra e Leiria”, assegurando que o “nó de Soure” [da autoestrada do Norte] é uma boa referência para um compromisso operacional e político”.

O aeroporto que “morreu antes de nascer” foi inventado no dia 3 de setembro de 2017, quando Manuel Machado prometeu que “omo presidente da Câmara Municipal de Coimbra liderarei no próximo mandato autárquico a transformação do aeródromo de Coimbra – o Aeródromo Municipal Bissaya Barreto, em Cernache – num aeroporto civil comercial. No essencial, a pista já está preparada para receber aviões de grande porte: ainda em julho o Presidente da República lá aterrou a bordo do maior avião que, neste momento, está ao serviço da Força Aérea Portuguesa.

Queremos reproduzir no futuro Aeroporto Internacional de Coimbra o mesmo modelo que colocámos em prática no desassoreamento e na reabilitação das margens do Mondego, disse o reeleito presidente da autarquia quando apresentou a candidatura a este quinto mandato.

No discurso de vitória, no dia 1 de outubro, não faltou a referência ao aeroporto, voltando o autarca a reiterar a vontade de criar um aeroporto com voos comerciais no aeródromo Bissaya Barreto, em Cernache.

Em abril, Manuel Machado, em conversa com jornalistas, já admitia que aeroporto podia “aterrar fora do aeródrmo municipal de Coimbra.

No dia 21 de setembro,  Manuel Queiró concluiu: “Vamos esquecer Cernache se queremos uma estrutura ambiciosa” e prometeu um aeródromo do tipo III algures em Terras de Sicó, fora de Coimbra.

“PS pagou um belo par de sapatos para Manuel Queiró descalçar a bota do aeroporto”,  sentenciou, no dia 24 de setembro, José Manuel Silva.

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