Coimbra

JCP lamenta que alunos tenham de sair da residência do IPC para “tomarem banho”

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 25-09-2018

Em comunicado enviado a Notícias de Coimbra, a Direcção da Organização do Ensino Superior de Coimbra da Juventude Comunista Portuguesa lembra que tem vindo, ao longo dos anos, “a denunciar as dificuldades que afectam os estudantes de Coimbra, não só no que toca ao exorbitante custo de ingresso e frequência no Ensino Superior mas também aos problemas relacionados com a falta de condições materiais e humanas, quer nas faculdades, quer nas residências estudantis”.

A JCP acrescenta que “estes devem-se principalmente ao subfinanciamento crónico a que as instituições de ensino têm sido votadas por parte dos sucessivos governos de PS, PSD e CDS e à insuficiência de verbas atribuídas à Acção Social Escolar, com manifestas repercussões na questão do alojamento: número reduzido de camas para a procura ou as condições de degradação em que muitas residências se encontram”

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“Um reflexo disto é, segundo a JCP, a degradação das condições materiais” registadas na “Residência Universitária do IPC em Bencanta”, que, para “além de problemas estruturais de fundo, no espaço de três meses duas inspecções de rotina detectaram Legionella”.

“Este caso torna-se ainda mais grave uma vez que os estudantes continuam alojados nestas instalações, e para tomarem banho têm de se deslocar ao outro lado da Escola Superior Agrária de Coimbra que, além de ficar distante da residência, o percurso até lá é feito sem iluminação e sem mínimo de segurança para os estudantes, lamenta a JCP.

Recordamos que o Instituto Politécnico de Coimbra e a Administração Regional de Saúde do Centro ainda não divulgaram os resultados definitivos das análises efectuadas nos primeiros dias de setembro.

A Juventude Comunista Portuguesa “exige a resolução imediata dos problemas da residência em Bencanta, reivindicando que tem de ser assegurada aos estudantes, no imediato, uma alternativa que garanta todas as condições materiais e de qualidade para o seu alojamento. A interdição do uso de água não é resposta”, frisa.

Pede ainda um “aumento efectivo do financiamento para as Instituições de Ensino Superior, assim como o aumento das verbas destinadas à Acção Social Escolar”, bem como  “uma resposta eficaz por parte do governo para os problemas inerentes ao alojamento: seja o aumento de número de camas disponíveis, seja a requalificação de todas as residências em estado de degradação”.

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A JCP aproveita para “que os estudantes se mobilizem e reivindiquem pelo Ensino Superior a que têm direito, um Ensino Superior Público, Democrático e de Qualidade para todos”.

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