Coimbra
PCP concentra evocações do centenário Cunhal rumo aos 40 anos do 25 de Abril
O Partido Comunista Português (PCP) vai concentrar este fim de semana uma série de ações evocativas do antigo secretário-geral Álvaro Cunhal, que celebraria 100 anos no domingo, rumo a um 2014 dedicado aos 40 anos do 25 de Abril.
Domingo, um século depois de o ex-líder comunista ter nascido em Coimbra, quatro concentrações de militantes em Lisboa (Entrecampos, avenida de Berna, junto à Fundação Calouste Gulbenkian, cruzamento da avenida de Roma com a João XXI e Praça Duque de Saldanha) vão desfilar até à praça de touros do Campo Pequeno, onde se prevê um recinto esgotado para o comício, com o secretário-geral, Jerónimo de Sousa.
“A evocação da fuga da cadeia do Forte de Peniche faz o encerramento do programa de comemorações do centenário de Álvaro Cunhal e faz a ponte com as comemorações do 40.º aniversário do 25 de Abril”, disse à Lusa Manuel Rodrigues, membro da comissão de comemorações do centenário e do recente congresso sobre Álvaro Cunhal.
O evento de Peniche, agendado para 03 e 04 de janeiro, vai contar também com um comício, protagonizado por Jerónimo de Sousa, entre outras iniciativas, de forma a lembrar a evasão de Cunhal, após 11 anos detido, e outros elementos, em 1960, e “que representou um duro golpe para a ditadura fascista”, segundo Manuel Rodrigues, “para acelerar um processo que veio a ter um feliz desenvolvimento na madrugada do 25 de Abril e em todo o processo revolucionário que se lhe seguiu”.
“[O comício de domingo no Campo Pequeno] reveste-se de um grande significado. Trata-se do dia do centenário e também o significado político, tendo em conta a atualidade do pensamento e da ação de Álvaro Cunhal, cuja vida, em muitos domínios e em vários aspetos veio a dar razão”, afirmou Manuel Rodrigues.
A concentração vai contar com momentos musicais, a partir das 15:00, através da banda Brigada Vítor Jara e de Luísa Basto, a intérprete da canção “Avante, Camarada”, além de várias intervenções, designadamente de Jerónimo de Sousa, previsivelmente perto das 17:00.
A produção e distribuição de “mais de uma centena de milhar de folhetos sobre o pensamento e a luta de Cunhal por todo o país”, uma edição especial, com “o quádruplo” da tiragem normal (desconhecida) do jornal “Avante!”, com um suplemento de oito páginas, e a reedição da quase esgotada fotobiografia do antigo dirigente são outras iniciativas em curso.
Ainda esta semana, vai acontecer a estreia do filme realizado por Joaquim Leitão “Até Amanhã, Camaradas”, serão inauguradas pequenas mostras na Biblioteca Nacional (“A Pena, o Pincel e o Punho”) e na Torre do Tombo (“História de Um Gordo Chinês que Estava de Barriga para Cima”), e organizados outros concertos, debates e sessões evocativas, de Coimbra a Famalicão (Joane), passando por Covilhã, Seia, bem como Lisboa e Sesimbra.
Já a 12 de novembro, em Bruxelas, vai ser inaugurada uma exposição, no Parlamento Europeu, intitulada “Álvaro Cunhal, Vida, Pensamento e Luta”.
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