Sete em cada dez pagamentos dos consumidores em 2017 foram feitos em dinheiro, e apenas cinco em cada 100 foram feitos com débitos diretos, revela um estudo do Banco de Portugal hoje divulgado.
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Logo a seguir aos pagamentos em numerário (70% do total), os cartões de pagamentos representaram 23% da quantidade de operações de pagamentos, os débitos diretos 5%, as transferências a crédito 2% e os cheques, cujo uso tem decrescido, tiverem um uso quase residual.
O estudo, denominado “Custos Sociais dos Instrumentos de Pagamento de Retalho em Portugal”, mostra que para os consumidores o uso de numerário (notas e moedas) e débitos diretos são os que acarretam menores custos, enquanto o cheque é o instrumento mais dispendioso.
Em 2017, os custos privados dos consumidores com todos os instrumentos de pagamento foram de 789 milhões de euros, a maioria (37%) de cartões de débito.
Os débitos diretos representaram apenas 2% daqueles custos, mas apesar disso foram usados em apenas 5% do total de pagamentos efetuados em 2017.
“Apesar dos débitos diretos serem um instrumento de pagamento muito eficiente, ainda existe margem de progressão significativa na sua utilização”, afirma o Banco de Portugal naquele estudo, enaltecendo as vantagens para os consumidores e empresas de uma maior utilização dos débitos diretos.
Quanto aos custos unitários suportados em 2017 pelos consumidores, por transação, o estudo conclui que o numerário e os débitos diretos foram os que tiveram mais baixo custo, de seis cêntimos por pagamento.
Os cartões de crédito e os cheques foram os que tiveram maior custo em 2017, de 2,56 euros e 3,42 euros, respetivamente.