Coimbra

60% do tráfego no açude-ponte em Coimbra é de atravessamento. Diz Ana Bastos

Notícias de Coimbra | 8 meses atrás em 12-04-2024

Cerca de 60% do tráfego registado no açude-ponte, em Coimbra, é de atravessamento direto, afirmou hoje a vereadora com a pasta da mobilidade da Câmara de Coimbra, Ana Bastos.

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O estudo de tráfego desenvolvido no âmbito do Plano de Pormenor da Estação Intermodal de Coimbra (PPEIC) conclui que cerca de 60% do tráfego registado no açude-ponte é “de atravessamento direto”, afirmou hoje Ana Bastos, que participava numa sessão de apresentação pública do resultado de uma oficina promovida pelo jornal digital local Coimbra Coolectiva em torno da futura estação.

Segundo a responsável, para além desses 60%, há ainda outros quase 20% de atravessamento indireto (automóveis que se dirigem para o Alto de Santa Clara e São Martinho do Bispo), considerando que esses dados, que ficarão públicos, justificam a necessidade de construção de uma nova ponte rodoviária sobre o Mondego.

Ana Bastos lamentou que o grande debate em torno do futuro plano de pormenor, cujo estudo está a ser elaborado pelo arquiteto catalão Joan Busquets, esteja centrado na construção ou não de uma nova ponte rodoviária no local onde está hoje a ponte ferroviária.

Apesar disso, durante o debate organizado pela Coimbra Coolectiva, a vereadora recordou que um túnel debaixo do Monte Formoso (defendido recentemente por três arquitetos em substituição de uma nova ponte rodoviária) foi uma proposta sua em 2010, enquanto especialista na área, mas não em substituição de uma nova ponte para o IC2, mas “como ligação estratégica para facilitar acesso aos hospitais e à circular externa”.

Segundo a responsável, sendo uma solução para tráfego local e não de atravessamento, o seu investimento não poderia ser suportado pela Infraestruturas de Portugal, mas pela Câmara de Coimbra, e o seu investimento seria muito superior à construção de uma ponte.

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“Eu não estou a ver o túnel a ser viável com menos de 30 ou 40 milhões de euros. Onde vamos buscar esse dinheiro?”, perguntou.

Para Ana Bastos, o túnel não irá resolver os problemas da cidade, acreditando mesmo que os iria agudizar, ao “enfiar todo o tráfego [que vem do IC2] na Rotunda da Fucoli e com tudo a andar pelo açude-ponte”.

O debate em torno da construção de uma nova ponte rodoviária tem marcado a discussão sobre o futuro PPEIC, previsto no âmbito do projeto da alta velocidade, que contempla a construção de uma nova estação intermodal em Coimbra, no local da atual Coimbra-B (Estação Velha).

Os resultados apresentados pela Coimbra Coolectiva, que gerou mais de 150 participações, também espelham essa divisão, com as pessoas que participaram na oficina, que decorreu no sábado, a convergir em todas propostas com exceção da ponte (um grupo propôs uma nova ponte e outro um túnel).

Sobre a possibilidade de uma maior concentração de edificado na zona da Casa do Sal, onde é proposto eliminar o tabuleiro do IC2, Ana Bastos afirmou que é “uma clara defensora de edificação junto das estações” e que toda aquela zona terá de ser um “espaço multifuncional”, com comércio, hotelaria, espaços de lazer, escritórios e habitação.

Questionada na sessão sobre a necessidade de reservar lotes para habitação a custos controlados, a vereadora escusou-se a comentar, referindo que “ainda não é altura” para essa discussão.

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