Empresas
49% dos portugueses tem medo de estar nas instalações da empresa
O medo é uma consequência do atual contexto pandémico, mas de que forma se expressa no mundo do trabalho? Será que as pessoas têm medo de trabalhar? De se deslocarem à empresa? Ou o medo está fora da vida profissional?
A Randstad elaborou uma sondagem a 182 pessoas e conclui que 49% dos portugueses tem medo de ir às instalações da empresa. Da mesma forma, 17% dos trabalhadores dizem não conhecer o plano de contingência da empresa. A confiança plena na organização e nas medidas adoptadas é sentida por apenas 39%, sendo que 13% assumem mesmo não se sentir seguros.
“Não podemos ignorar o medo, porque este pode ser bloqueador de produtividade, de talento e mais grave ainda de felicidade dos nossos colaboradores. As empresas devem reconhecer o medo e trabalhar a confiança, garantindo a proximidade com as suas pessoas” afirma Inês Veloso, Marketing and Communications Director da Randstad Portugal.
A empresa de recursos humanos identificou cinco passos fundamentais para trabalhar a confiança nas organizações:
Comunicação
Liderança
Propósito
Emoção e razão
Cultura de mudança
Quanto aos candidatos que estão numa situação de desemprego ou procura de 1º emprego, o medo perde relevância. Apenas 30% assume este receio, sendo que 19% apenas aceitaria uma oportunidade se pudesse trabalhar a partir de casa.
“É importante que as empresas reconheçam o impacto do medo ao longo de toda a jornada do talento, garantindo a experiência dos candidatos e até a segurança para que possam aceitar novas ofertas de trabalho.” afirma a mesma responsável.
Os resultados detalhados da sondagem com a análise por idade e distrito está disponível aqui.
O Halloween é já amanhã e com vários sustos e partidas e, sendo o medo o tema central. A Randstad preparou uma campanha através das redes sociais que tem como objetivo alertar os profissionais para os primeiros sinais relacionados com os fantasmas que assombram uma carreira. Fiquei a conhecer cada um deles de forma resumida:
Medo da rejeição social – Trata-se do medo de ser julgado ou de dececionar os colegas e faz com que sejamos incapazes de dizer “não”.
Medo de não ser bom o suficiente – Este medo assombra os nossos pensamentos e faz com que pensemos que afinal não somos capacitados o suficiente para o nosso trabalho.
Medo do desconhecido – O medo de mudar é um dos principais receios de qualquer trabalhador pois alerta o seu instinto de sobrevivência e leva-o a duvidar da mudança.
Medo de adversidade – Trata-se de um medo que leva o trabalhador a optar pelo caminho mais fácil e a não ser corajoso o suficiente para inovar e ser mais ousado.
Medo de se acomodar – Este receio assombra os overachievers e usa a produtividade como desculpa para levar à exaustão, rejeitando os momentos de introspeção sempre necessários nos vários momentos de cada carreira.
Medo de pedir ajuda – Este medo leva a que um trabalhador não peça ajuda por recear que seja sinal de fraqueza e dessa forma impede a evolução na aprendizagem com outros colegas.
Medo das responsabilidades – Este medo leva a que um trabalhador não mostre a capacidade de liderar um projeto ou que tome a iniciativa para qualquer tarefa.
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