Os quatro ocupantes do helicóptero de emergência médica que desapareceu no sábado morreram, na sequência da queda da aeronave na serra de Santa Justa, Valongo, disseram à Lusa fontes no terreno.
Segundo fonte do Comando de Operações Distrital do Porto, há “quatro vítimas mortais”, uma informação confirmada pelo presidente da Câmara de Valongo, José Manuel Ribeiro.
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A informação foi também confirmada num ‘briefing’ realizado esta madrugada em Couce (concelho de Valongo, distrito do Porto) e transmitido pelas televisões, onde o comandante distrital da Proteção Civil, Carlos Alves, referiu que os corpos das quatro vítimas foram encontrados 700 metros a sul da capela da Santa Justa, em Valongo.
Neste segundo ‘briefing’ realizado durante a madrugada, Carlos Alves informou terem sido “encontrados os destroços do helicóptero, com os quatro corpos sem vida, dois juntos à aeronave e outros dois mais afastados”.
Questionado sobre se ainda esta noite iriam começar as operações para remoção dos corpos e dos destroços do helicóptero, Carlos Alves limitou-se a responder que foram “ativadas as entidades responsáveis” para o efeito.
Num ‘briefing’ realizado cerca da 01:00, Carlos Alves afirmou que foram mobilizadas 203 pessoas para a operação, 134 das quais são operacionais da Proteção Civil, apoiados por 35 veículos.
O responsável explicou que a situação “foi reportada cerca das 20:15 e, às 20:35, ainda sem saber a localização”, foram enviados os meios para o terreno.
O helicóptero do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) que no sábado desapareceu dos radares na zona de Valongo, com quatro ocupantes, iniciou às 15:13 o transporte de uma mulher de 76 anos, com problemas cardíacos graves, segundo o instituto.
Num comunicado divulgado às 22:38 de sábado, o INEM referiu que as buscas continuavam em curso, com várias equipas no terreno, junto à aldeia de Couce, e informou que a idosa foi transportada a partir do Hospital Distrital de Bragança para o Porto.
“O transporte teve início às 15:13, altura em que o helicóptero levantou voo da sua base para o hospital de origem do doente, tendo o mesmo sido entregue aos cuidados das equipas médicas do Hospital de Santo António cerca das 18:10”, acrescentou o INEM.
No regresso à base, em Macedo de Cavaleiros (distrito de Bragança), “o último registo do helicóptero terá ocorrido pelas 18:30”.
A bordo seguiam dois pilotos, um médico e um enfermeiro.
“O helicóptero em questão é um Agusta A109S, operado pela empresa Babcock, na sequência de um concurso público internacional”, segundo o instituto.
O primeiro-ministro, António Costa, manifestou hoje pesar pela morte de quatro pessoas na sequência da queda de um helicóptero do INEM no regresso de uma missão de transporte de doentes.
“Quero naturalmente apresentar às famílias e amigos as mais sentidas condolências e dirigir uma palavra de solidariedade para todos aqueles que trabalham no Instituto Nacional de Emergência Médica e que prestam um serviço inestimável aos portugueses”, afirmou à Lusa em Abu Dabi, numa escala antes de partir para uma visita a uma força nacional destacada.
O primeiro-ministro disse que no momento próprio serão apuradas “as causas deste acidente”, frisando que “neste momento” é prematuro falar sobre as razões.
António Costa acrescentou que o secretário de Estado da Proteção Civil e a secretária de Estado da Saúde “têm estado no local a acompanhar as operações de busca do helicóptero e de resgate das vítimas”.
A ministra da Saúde também esteve no local.