Economia
270 mil euros para “apoiar criação artística” da Escola da Noite
O Executivo municipal vai deliberar, na reunião de Câmara de segunda-feira, dia 11 de novembro, uma proposta de comparticipação financeira de 270 mil euros (90 mil por ano) para a atividade de criação artística da Escola da Noite, no âmbito do Aviso de Aberta de Candidaturas de 2024 a 2026, para apoio à atividade permanente de entidades com gestão de equipamentos culturais municipais, neste caso o Teatro da Cerca de São Bernardo (TCSB).
Em 2024, bem como em 2025 e 2026, a Escola da Noite vai receber, por parte do Município, 90 mil euros para apoio ao desenvolvimento da atividade artística, totalizando 270 mil euros.
Como se refere da informação municipal que vai a Executivo, a relevância do percurso artístico e profissional da equipa e o histórico da entidade na programação do equipamento estão plasmados no trabalho realizado ao longo de 32 anos de atividade (consubstanciado em 77 novas criações estreadas até ao final de 2023 e num vasto conjunto de atividades), na composição da equipa (constituída por 16 elementos) e pelo reconhecimento outorgado por diversas instituições oficiais, entre as quais se realçam a DGArtes. Acresce ainda que, desde 2008, o Teatro da Cerca de São Bernardo é o espaço construído para criar instalações adequadas para A Escola da Noite, assegurando desde essa data a gestão do TCSB enquanto companhia residente.
O plano de atividades da Escola da Noite (para 2024, 2025 e 2026) prevê, segundo a informação técnica da proposta, a apresentação de nove espetáculos em três anos (seis novas criações e três reposições). Entre as seis novas criações (duas por ano) estão agendados, para o corrente ano, os espetáculos “Casa Tomada”, de Júlio Cortázar e “Frágua de Amor”, de Gil Vicente. Para os anos de 2025 e 2026, prevê-se a estreia de quatro novas criações, três das quais em coprodução com outras estruturas de criação artísticas de Portugal e Espanha. Em 2025, “O Grande Fogo”, de Roland Schimmelpfennig (coprodução com Sarabela Teatro, de Ourense) e “Sonho de uma Noite de Verão”, de William Shakespeare (autor que não consta ainda do reportório da companhia e uma coprodução com o Centro Dramático de Évora) e, para 2026, “Lisístrata”, de Aristófanes e “Nome: Bonita”, de Vanessa Sotelo (esta última correspondente à segunda das duas coproduções previstas com a companhia galega Sarabela Teatro).
Tal como refere a informação municipal está previsto, ainda, entre outros projetos, a concretização de reposições, de coproduções e de digressões, designadamente a reposição de três espetáculos estreados em anos anteriores, como “Café Bonheur”, de Matéi Visniec, “O Homem do Caminho”, de Plínio Marcos e “Embarcação do Inferno”, de Gil Vicente. Seis destes espetáculos são construídos em coprodução, envolvendo quase uma dezena de outras estruturas de criação ou programação, portuguesas e galegas: “Frágua de Amor” (O Bando de Surunyo, ArtWay, TAGV, Teatro Nacional São João, Teatro Garcia de Resende, Centro Dramático Galego); “O Grande Fogo” e “Nome: Bonita” (Sarabela Teatro); “Sonho de uma Noite de Verão” e “Embarcação do Inferno” (Cendrev); “O Homem do Caminho” (Quinta Parede).
Em complemento aos espetáculos, a atividade da companhia vai abranger ainda os domínios da edição, com a publicação dos dois primeiros números da coleção “Os nossos autores”, com peças de Igor Lebreaud e de Matéi Visniec (prevendo-se a edição de dois livros por ano), da formação (Laboratório Interno e Oficinas de teatro para crianças) e da mediação (Visitas guiadas, Mercado do Livro Teatral e Atividades de Extensão).
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Fundada em 1992, A Escola da Noite – Grupo de Teatro de Coimbra é uma associação cultural sem fins lucrativos que tem como objetivo produzir e coproduzir espetáculos teatrais, bem como outros que recorram a outras expressões artísticas. Depois de ter adaptado uma antiga garagem no Pátio da Inquisição, em Coimbra (onde permaneceu entre 1996 e 2002) e de ter inaugurado a Oficina Municipal do Teatro (2002-2008), a Escola da Noite – Grupo de Teatro de Coimbra mudou-se, em setembro de 2008, para o Teatro da Cerca de São Bernardo.
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