Coimbra
21 países debatem inovação social na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra
Mais de cem especialistas de 21 países estão reunidos, na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), num encontro de partilha e discussão sobre as melhores práticas relacionadas com a inovação social e com o desenvolvimento de ambientes mais saudáveis e inclusivos.
Os participantes na Conferência Internacional Aprender e Implementar Inovação Social – provenientes em maior número de Portugal, do Brasil, da Holanda, da Turquia, da Irlanda e de Espanha – procuram ampliar o conhecimento e a informação sobre redes e projetos socialmente inovadores, dar visibilidade às iniciativas em que estão envolvidos e fortalecer a comunidade de inovadores sociais na Europa.
Coorganizado pela ESEnfC, pela empresa SHINE 2Europe e pela ação COST NET4Age-Friendly, o evento acolhe, também, congressistas da Alemanha, Áustria, Bulgária, Canadá, Croácia, França, Grécia, Hungria, Israel, Itália, Macedónia, Moldávia, Noruega, Sérvia e Suécia.
João Apóstolo, professor da ESEnfC e coordenador científico da Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem (UICISA: E), refere que «a inovação social tem impacto na saúde, por proporcionar novos conceitos e novos produtos, que permitem melhorar o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas e das comunidades».
Por sua vez, Carina Dantas, presidente do Conselho de Administração da SHINE 2Europe (empresa que tem o objetivo de promover comunidades inclusivas para todos os cidadãos, fornecendo serviços de investigação e apoio à implementação de soluções tecnológicas saudáveis e inclusivas), considera que a realização desta conferência «é um verdadeiro exemplo de inovação social», ao «ligar diferentes países, partes interessadas, projetos, desafios e potenciais soluções e fazê-los conhecer, discutir e encontrar novas colaborações».
Já Willeke van Staalduinen, da AFEdemy, nota que, ao debater-se a construção de ambientes inclusivos, inteligentes e saudáveis, que em última análise de destinam às pessoas, elas devem ser implicadas no processo.
«Devemos envolver as pessoas, as suas exigências e necessidades. É muito importante que usemos as suas ideias. Elas sabem, melhor do que ninguém, o que é necessário para elas. E nós, como investigadores, ou cuidadores, ou voluntários, é nossa responsabilidade ter isso em conta», salienta a cientista política holandesa, que foi enfermeira na área da saúde mental.
Da parte da ESEnfC e da UICISA: E, estiveram em destaque os projetos “DiabetICC Footwear” (que visa desenvolver um inovador calçado terapêutico mais ajustado à condição do pé diabético), “4nopressure – Pijama Inteligente” (um novo pijama, feito com tecidos que incorporam a tecnologia smart healthtextiles e que visa ajudar a prevenir a ocorrência de úlceras de pressão em pessoas acamadas ou com incapacidade motora grave) e “Ablefit – Advanced system of physical rehabilitation” (para o desenvolvimento de um sistema avançado de reabilitação física para pacientes acamados e com imobilidade prolongada, capaz de prevenir ascomplicações associadas à falta de movimento no leito).
Foram, também, apresentados projetos relacionados com o envolvimento do paciente e do público na investigação em saúde, com a síntese, transferência e implementação da ciência.
De acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, «inovação social refere-se ao desenho e implementação de novas soluções que implicam uma mudança conceptual, de processo, de produto ou organizacional, que, em última análise, visam melhorar o bem-estar de indivíduos e comunidades.
Felizmente, existem várias iniciativas em toda a Europa que trabalham para trazer inovação à sociedade e promover comunidades mais inclusivas e felizes. É fundamental colocá-las em contacto e fazer com que os seus promotores discutam como progredir e expandir essas redes», sublinha a comissão organizadora deste congresso internacional.
Mais informações sobre o programa deste evento, que conta com o apoio da União Europeia, estão disponíveis aqui
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